O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reagiu contra a declaração do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, que afirmou que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul, visando a aprovação do acordo de livre comércio com a União Europeia (UE) e a lei antidesmatamento do bloco.
Em nota oficial, o Ministério da Agricultura destacou que agropecuária brasileira tem com a legislação e com as boas práticas agrícolas em consonância com as diretrizes internacionais.
“Diante disso, rechaça as declarações do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, quanto às carnes produzidas pelos países do Mercosul. No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo, mantendo relações comerciais com aproximadamente 160 países, atendendo aos padrões mais rigorosos, inclusive para a União Europeia que compra e atesta, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade e sanidade das carnes produzidas no Brasil há mais de 40 anos”, cita trecho da nota.
A Lei Antidesmatamento da União Europeia (UE) que prevê a proibição de importados de áreas que foram desmatadas a partir de 2022 é criticada pelos produtores e governos do Brasil. Segundo o Mapa, a agropecuária brasileira já possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor.
“O posicionamento do Mapa é de não acreditar em um movimento orquestrado por parte de empresas francesas visando dificultar a formalização do Acordo Mercosul - União Europeia, debatido na reunião de cúpula do G20 nesta semana. O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros.
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