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VGN AGRO Terça-feira, 08 de Abril de 2025, 10:25 - A | A

Terça-feira, 08 de Abril de 2025, 10h:25 - A | A

ALASA

Fávaro defende seguro rural mais eficiente e sustentável para enfrentar mudanças climáticas

Ministro da Agricultura participa da abertura do Congresso Internacional da ALASA, em Brasília

Rojane Marta/VGNAGRO

Durante a abertura do 18º Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Sanidade Animal (ALASA), realizada nesta terça-feira (08.04), em Brasília, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu a criação de um modelo de seguro rural mais eficiente, sustentável e atrativo para produtores, seguradoras e o setor público. O evento reúne representantes de 26 países da América Latina e tem como tema “Protegendo o Futuro do Agro, Assegurando o Amanhã”.

Ao discursar, Fávaro afirmou que as mudanças climáticas já não podem ser negadas e se tornaram o maior desafio enfrentado pela agropecuária mundial. “O clima, que sempre foi um porto seguro para o produtor, hoje é também o maior risco. Diante desse cenário, o seguro rural passa a ser uma ferramenta indispensável para garantir a continuidade do setor”, declarou.

O ministro enfatizou que o atual modelo de seguro rural precisa ser reestruturado, inclusive em termos legais e fiscais, para ampliar sua cobertura. Segundo ele, o governo federal oferece atualmente cerca de R$ 1 bilhão em subvenção ao prêmio do seguro rural, valor que considera insuficiente diante das demandas do setor. “É um recurso pequeno, se comparado aos R$ 18,6 bilhões oferecidos anualmente em subvenções às taxas de juros do Plano Safra”, comparou.

Fávaro também propôs que o acesso ao crédito rural com juros subsidiados seja vinculado à contratação obrigatória de seguro rural. Para ele, essa medida ajudaria a universalizar o uso do seguro, mas ponderou que o valor da apólice não pode comprometer a atratividade do crédito subsidiado. “Se o seguro encarece demais o crédito, o produtor acaba desistindo da subvenção e vai para o mercado, onde não faz seguro”, explicou.

O ministro defendeu ainda a expansão de modalidades alternativas, como o seguro paramétrico, voltado a regiões de menor risco climático, que pode funcionar como um seguro de renda para garantir estabilidade ao produtor. Para ele, o desafio do seguro rural não é exclusivo do governo ou do setor privado, mas deve envolver o Parlamento e entidades representativas da agropecuária.

Fávaro elogiou a realização do congresso da ALASA como espaço essencial para esse debate e afirmou que o evento será “ponto de partida para um novo modelo de seguro agropecuário no Brasil”. Ele finalizou agradecendo os organizadores e manifestando confiança de que o país e a América Latina poderão sair do encontro com propostas sólidas para enfrentar o cenário de incertezas climáticas que impactam diretamente a produção de alimentos.

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