Deputado estadual Wilson Santos (PSD), disse em entrevista nesta sexta-feira (11.08) à imprensa, que continuará mostrando evidências de que a Polícia de Mato Grosso precisa urgentemente de armas não letais ou menos letais.
O assunto voltou a ser mencionado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (08.08), após a conduta de um policial que matou a tiros um homem de 29 anos, em Cotriguaçu ( a 955 km de Cuiabá).
Wilson Santos é autor do projeto para implantação de câmeras nas fardas da Polícia Militar de Mato Grosso, apesar de enfrentado resistência da bancada da segurança pública no ano passado, esse ano ele reapresentou o projeto e diz que “não vou desistir dessa luta”. “O projeto está aí, ano passado ele foi derrotado e eu reapresentei. Se a maioria derrotar, eu reapresento de novo”, comenta deputado.
À imprensa, o deputado destacou alguns estados que utiliza as câmeras e são elogiados, ele ainda menciona casos de repercussão no estado envolvendo a intervenção da Polícia Militar.
Como, por exemplo, a morte do Diego Kalinsky, em Vera (a 486 km de Cuiabá), em fevereiro deste ano, onde os policiais tentaram realizar a abordagem do jovem, que resistiu à prisão, agrediu os policias e tomou a bastão de um agente. O policial realizou três disparos contra o rapaz, que não resistiu e morreu.
“O que aconteceu lá em Vera, com o Diego Kalinsky, um jovem de 26 anos, assassinado sem necessidade alguma”, Além disso, ele também cita a ação dos policiais na madrugada do último sábado (05.08), após uma briga generalizada.
“E agora em Cotriguaçu, um jovem de 29 anos, que já tinha saído do ambiente de briga. Os dois estavam saindo da polícia, correndo da polícia. A polícia, não sei por que razão, não se deu por satisfeita. Correu atrás dos jovens, chutou um deles. E quando um protegeu o outro com as duas mãos para cima, o policial desferiu um ou dois tiros”, critica o deputado.
Ele afirma que se os policiais tivessem por parte do estado as armas não-letais, não aconteceria tantos casos de mortes com intervenção da polícia.
“O dia que matar o filho de uma celebridade, vão lembrar de tudo isso que a gente fala. Enquanto mata um filho de trabalhadores, gente do interior, gente humilde, gente simples, não sensibiliza. Vai precisar morrer quem?”, finaliza.
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