O prefeito de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá), Osmar Froner Mello (União), afirmou nesta terça-feira (22.04) que a ação judicial que pede a cassação de seu mandato pode gerar instabilidade política e econômica no município. Ele é investigado pela Justiça Eleitoral sob suspeita de compra de votos e uso de caixa dois durante a campanha de 2024.
Durante visita à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Mello disse ter recebido a notícia com surpresa, alegando que tomou conhecimento da ação por meio da imprensa local. Apesar da acusação, afirmou estar tranquilo quanto à sua conduta no pleito.
“Estamos com a consciência tranquila. Não tínhamos nenhum pensamento de comprar votos, até porque ganhamos a eleição com quase 5 mil votos de frente. Nosso trabalho foi limpo. Como gestor, temos que nos defender e vamos mostrar à Justiça Eleitoral que não temos culpa nessa questão”, declarou.
A audiência de instrução da ação está marcada para o dia 16 de maio de 2025. O processo foi movido pela ex-candidata a prefeita Fabiana Nascimento (PSDB) e sua coligação, e apura supostas práticas de abuso de poder econômico e irregularidades eleitorais cometidas durante a campanha.
Mello classificou as acusações como “insanas” e afirmou que o processo desestabiliza o município, principalmente com “notícias políticas indesejáveis”. Ele também demonstrou preocupação com os reflexos econômicos da judicialização.
“Essas notícias desestabilizam a economia do município. Dificultam a captação de emendas parlamentares, tanto no Estado quanto em Brasília, e acabam causando prejuízo por parte de quem não aceita a derrota e desconhece o princípio democrático”, avaliou.
O prefeito também destacou sua trajetória política e lembrou que este é seu terceiro mandato à frente da Prefeitura de Chapada dos Guimarães. Citou os desafios enfrentados durante a pandemia de Covid-19 e as ações em torno do Portão do Inferno.
“A população conhece a nossa gestão. É o terceiro mandato que exerço no município, e Chapada teve um crescimento significativo nos últimos quatro anos”, concluiu.
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