O presidente da "CPI dos Indenizatórios", Sargento Vidal (MDB) expôs na sessão ordinária desta quinta-feira (26.10) a denúncia de “falsos medicamentos” sendo entregues à população pela intervenção estadual na saúde de Cuiabá. O parlamentar afirmou que, em uma ata de mais de R$ 1,1 milhão, a intervenção comprou acetilcisteína - xarope de suplemento alimentar -, de forma errada. Ele, explica que os pais estão recebendo suplemento alimentar no lugar de acetilcisteína de 120 miligramas.
“O medicamento é um suplemento que não tem eficácia nenhuma, não trata, não cura, não serve para nada, não pode ser para lactente de 0 a 12 meses, não pode ser para bebês de 1 a 3 anos. Ele não tem nenhuma eficácia no tratamento. O suplemento tem o mesmo nome, porém, a acetilcisteína de 120 miligramas é para o tratamento de broncopneumonia em crianças ”, disse o vereador.
Ele completou: “Confirmamos a grande quantidade desses produtos em todos os postos para entregar para as mães. E o Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais diz que Suplemento alimentar não é medicamento. Sugiro às mães que recebem esse produto e estão dando para suas crianças, retardando o tratamento, que procure uma Delegacia, registre um boletim de ocorrência. Se quiser trazer esses BOs para a Comissão desta Casa será bem recebido.”
Segundo Vidal, o vereador Wilson Kero Kero (Podemos) ligou para a interventora estadual na saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, que colocou a culpa nos farmacêuticos. “Quem comprou não tem culpa, quem recebeu não tem culpa, mas os farmacêuticos que estão há poucos meses na saúde, que não receberam nenhum treinamento sequer por parte da intervenção são os culpados”, questiona Vidal.
“Esse medicamento nunca teria que ser comprado independente da ata pelo CISVARC [Consórcio Intermunicipal de Saúde Vale do Rio Cuiabá] ou por indenizatória. Tenho certeza que os vereadores vão bater duro porque hoje nem anestesista tem, os anestesistas da Santa Casa estão em greve”, declarou o vereador.
Outro lado - O 
entrou em contato com o Gabinete de Intervenção, porém, não tivemos retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
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