O vereador Luis Cláudio (Progressista) criticou o silêncio ensurdecedor dos deputados da Assembleia Legislativa do Mato Grosso (AL/MT) frente às denúncias envolvendo a máfia da saúde no Estado. Durante sessão ordinária, ele destacou a gravidade das acusações de desvio de quase R$ 90 milhões, ressaltando que o assunto deveria estar "estampada" na tribuna do Legislativo Estadual.
“Lamento o silêncio ensurdecedor dessa classe política, que, por vantagem própria ou por alcançar o Poder aqui na praça Alencastro, se rende, se entrega ao Poder maior deste Estado, que é o Executivo estadual”, criticou o parlamentar.
Ele criticou a postura da classe política, acusando-a de se submeter ao Executivo estadual por interesses próprios. Luis Cláudio expressou que se estivesse ao seu alcance instauraria uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o superfaturamento de materiais cirúrgicos, lamentando a inação do Legislativo. “Infelizmente, o Poder Legislativo de Mato Grosso fica quieto, fica de joelhos ao governador do Estado de Mato Grosso. Isso é um absurdo.”
O paerlamentar também denunciou a cooptação de agentes políticos e públicos pela máfia da saúde e defendeu punições severas aos envolvidos. Condenou a negligência com a vida humana e a corrupção no setor, criticando contratos mantidos com a empresa investigada. “Não é possível brincar com a vida humana, colocar material no corpo humano das pessoas para simplesmente visar o lucro e fazer suas viagens internacionais. Esta empresa não merece, em hipótese alguma, continuar com contratos no Poder Público, seja em qualquer ente da federação, seja em qualquer município e muito menos no Estado de Mato Grosso, que parece que tem uma corja alimentando o mau médico”, declarou o vereador.
O vereador também destacou a importância da federalização da investigação e criticou a gestão dos contratos de próteses durante a intervenção no Hospital HMC, apontando falhas na fiscalização e pagamento indevido. “A CPI dos Indenizatórios tem competência para convocação dessa empresa que recebeu mais de R$ 10 milhões do período interventivo no Hospital HMC. A Prefeitura assinou esse contrato, sim, cinco dias antes da intervenção, e a intervenção não teve a coragem de fazer uma glosa, de fazer uma investigação, de ver se essas próteses eram usadas devidamente nos pacientes, simplesmente pagou, em dezembro pagou de novo, mais de R$ 1 milhão antes de entregar a saúde para o município de Cuiabá”, destacou Luis Cláudio.
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