O governador Pedro Taques pediu celeridade aos governadores para a formação do bloco econômico dos Estados que fazem parte da Amazônia Legal. A ideia é que a união dos Estados esteja solidificada já no mês de agosto.
Taques disse que é urgente a formação do bloco, tendo em vista a força de outras regiões do país que se unem em pautas comuns. "O que estamos fazendo aqui no Fórum dos Governadores o Sudeste já fez e o Nordeste também, nós não podemos ficar atrás", defendeu.
Na avaliação de Pedro Taques, o bloco precisa ser criado sob dois aspectos: o primeiro foi o tema central do 10° Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, que é transformar a política de preservação ambiental em recursos, o chamado REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal; o segundo aspecto, segundo Taques, é a necessidade de integração dos estados da região Amazônica pensando em áreas estratégicas.
O governador enfatizou a necessidade de destravar a primeira etapa, já que os Estados cumprem os acordos contra o desmatamento, mas não recebe ajuda do governo federal. Para o governador, a união de forças melhora o peso na cobrança à União.
O chefe do Executivo ressaltou a necessidade de presença dos governadores no Fórum de Barcelona, no próximo mês, e Manaus em julho para assinatura de uma nova carta.
Já no segundo aspecto, Taques acredita que é possível desenvolver a economia com grandes obras de infraestrutura para o escoamento da produção, que deve aumentar. Só Mato Grosso trabalha para aumentar a produção de grãos, hoje em 50 milhões de toneladas (25% da produção nacional) para 200 milhões de toneladas, em 8 anos.
Os projetos de escoamento existentes fazem, justamente, a integração desses Estados, por isso o governador considera de grande importância a formação do bloco.
Social - Taques destacou a questão social, citou a saúde falando da necessidade de haver uma parceria com os Estados vizinhos para o atendimento. Lembrou que o hospital de Peixoto de Azevedo atende pessoas que vem do Pará. Também destacou que mato-grossenses de Colniza são atendidos em Rondônia e os moradores do Baixo Araguaia são recebidos no Tocantins, por isso a necessidade de uma rede de saúde.
O governador pediu aos colegas postura firme diante da política adotada pelo governo federal. Taques defendeu a cobrança de um novo pacto federativo que atenda os Estados e municípios.
Participaram do Fórum: governador do Acre, Tião Viana; governador do Amazonas, José Melo de Oliveira; governador do Tocantins, Marcelo Miranda; governadora de Roraima, Suely Campos; vice-governador do Pará, Zequinha Marinho; vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira; vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão; além do governador de Mato Grosso, Pedro Taques.
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