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Governador Pedro Taques
O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB) transmitiu ao vivo coletiva com o presidente da Bolívia, Evo Morales pela rede social em seu perfil pessoal do Facebook.
De acordo com a publicação, o governador defendeu aumento no contrato de fornecimento de gás para Mato Grosso e a pavimentação da rodovia que liga Santa Cruz de la Sierra a San Matias.
Pedro Taques destacou a importância da aproximação entre os países e a política de integração comercial.
“Viemos aqui porque entendemos a importância da Bolívia, das relações entre o Brasil e a Bolívia. Este encontro é de muita importância para o desenvolvimento dos Estados, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina Paraná, mas especificamente para Mato Grosso, nós temos interesses nessas relações, para que possamos comprar o gás da Bolívia. Estamos a poucos metros de distância, temos voo direto de Santa Cruz”, destacou Pedro se referindo a extensão da divisa os países.
Para Taques, foi produtivo e a negociação para a distribuição do gás para Mato Grosso avançou. "Tivemos avanços nas negociações para a compra de ureia. Demonstramos a importância da pavimentação dos 315 quilômetros entre San Matias e San Ignácio para o fortalecimento da integração regional e levamos a mensagem do governo Federal de que pode ser parceiro no projeto. Convidamos o governador do Departamento de Santa Cruz para conhecer o FIP de Cáceres, com vistas a divulgar a festa no país vizinho e incentivar o turismo a Mato Grosso", pontuou o governador.
Na ocasião, os governadores Pedro Taques (Mato Grosso) Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), assinaram memorando de entendimento para estreitar as relações comerciais, sobretudo para a importação de gás natural e ureia produzida no país vizinho. O ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luis Sánchez, assinou o memorando como representante do governo boliviano.
Taques defendeu um contrato sem interrupção entre a estatal boliviana YPFB e o MT Gás para a importação de 4 milhões de metros cúbicos por dia. Atualmente, não há um contrato firme que determina o volume a ser importado por Mato Grosso. Segundo o governador, do total, 2,2 milhões de metros cúbicos atenderiam a usina termelétrica e o restante seria para atender o abastecimento de veículos, indústrias e o mercado local.
Em seguida, ele manifestou a possibilidade de uma parceria entre o MT Gás e a estatal boliviana YPFB, sendo sócias na distribuição do gás natural em Mato Grosso. "Isso pode ajudar que possamos fazer em nosso estado a distribuição, temos o interesse nisso", disse.
Os dois governadores brasileiros lembraram que a Petrobras, maior exportadora do gás boliviano, deve comprar menos gás a partir de 2019, por conta da nova estratégia da empresa. Com isso, parte do volume que hoje é comprada pela empresa ficaria disponível para novas negociações, justamente estes volumes que Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul buscam conseguir para garantir o abastecimento de seus mercados.
Evo Morales, presidente da Bolívia, avaliou positivamente a proposta do governador Taques para se associar a Mato Grosso. Morales destacou os investimentos realizados pelo governo boliviano, que fez a produção de gás dobrar, tendo o Brasil como o maior parceiro comercial do gás que excede.
Já o ministro de Hidrocarburos, Luis Sánchez, ressaltou que a Petrobras tem preferência na aquisição do excedente do gás nacional boliviano. Então, precisa ter certeza do volume que a empresa brasileira deve comprar para poder fazer a comercialização do restante.
Para dar seguimento no memorando assinado, foi formado um grupo de trabalho, em que o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Tomczyk, representará Mato Grosso. A próxima reunião será em 22 de junho deste ano, em Florianópolis (SC).
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