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Política Quarta-feira, 15 de Setembro de 2021, 08:48 - A | A

Quarta-feira, 15 de Setembro de 2021, 08h:48 - A | A

Mato Grosso

Stringueta “não tem dúvida” que houve aparelhamento da Polícia Civil para perseguir prefeito

Stringueta destacou sua experiência em investigações para apontar interferências na Polícia Civil

Adriana Assunção & Kleyton Agostinho/VGN

PJC

Flávio Stringueta

Stringueta apontou sua experiência em investigações para apontar interferências na Polícia Civil

 

 

O delegado Flávio Stringueta afirmou "não ter dúvida" que tenha ocorrido interferências políticas na Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, para perseguir gestões. A declaração ocorreu após depoimento de delegados à Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), requerida pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).

“Eu posso falar do que eu concluo a respeito de tudo, eu não teria dúvida, se houvesse uma banca de aposta neste sentido eu apostaria que sim”, declarou Stringueta em entrevista à imprensa na noite dessa terça-feira (15.09).

Ele destacou ainda, a necessidade de a instituição ter autonomia financeira. Segundo ele, enquanto isso não acontecer, o delegado-geral precisa manter “vínculo” com o Governo para conseguir recursos além do orçamento.

“Temos em nossa lei a independência administrativa, autonomia administrativa da Polícia Civil, mas ela nunca vai existir se não houver a autonomia financeira. É necessário que o delegado-geral tenha um bom relacionamento com o Governo para conseguir se estruturar. Então, a gente tem que ter autonomia financeira e eu não acredito que vamos ter um dia, porque nenhum Governo vai perder o poder sobre a Polícia, ele não vai querer perder a administração das investigações e acabar sendo investigado pela própria Polícia”, declarou.

Leia mais: Emanuel quer acompanhar depoimento de delegados à AL; advogados alertam tumulto

Questionado se a falta de independência financeira pode comprometer a lisura de investigações contra o Governo, Flávio Stringueta afirmou que sim, “com certeza, o que for investigado contra o Governo pode ser paralisado por uma canetada, por um pedido do Governo, isso é óbvio, não temos como fugir disso”, declarou o delegado.

O delegado falou sobre sua saída da Gerência de Combate a Corrupção (GCCO) e afirmou que foi perseguição, que o próprio delegado-geral da Polícia Civil, Mário Demerval admitiu isso, em decorrência de um artigo que teceu críticas ao Ministério Público Estadual (MPE).

Indagado se tem provas quanto às acusações que fez ao Ministério Público, o delegado disse que já solicitou à Assembleia Legislativa, cópia integral da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Cartas de Crédito do Ministério Público, porque considera que tem coisas relevantes que vão demonstrar boa parte de suas acusações. Quanto ao processo que o delegado-geral moveu contra ele, Stringueta considera que não tinha necessidade de processá-lo, e que Mário Demerval levou a questão para o lado pessoal.

O delegado foi questionado pelo sobre a sugestão do deputado Ulysses Moraes (PSL) para a abertura de uma CPI para apurar as denúncias de uso indevido da Polícia Civil pelo governador. "Nem as CPIs estão tendo resultados produtivos. Então, eu gostaria que não ficasse só na reunião que fosse adiante já toma tempo de todo mundo, gera expectativa para sociedade e depois acaba não tendo o resultado que a gente espera", enfatizou o delegado.

 
 
 

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