O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa, defendeu nesta segunda-feira (04.07) o desarmamento no Brasil, ao comentar o caso do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, o Japão, morto por disparos de arma de fogo pelo vereador tenente-coronel Paccola (Republicanos).
A declaração em defesa do desarmamento “ganhou força” desde sexta-feira (1°), data do fato, por se tratar de dois membros da Força de Segurança, onde a sociedade espera mais preparo em ações de conflito.
“Sou a favor do desarmamento e não do armamento. Isso é mais uma ação que agora esperamos que se faça justiça, que se apure com transparência, que se faça justiça”, opinou o vice-prefeito.
Stopa pediu transparência nas investigações da morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa. Segundo ele, “causa estranheza” o fato do vereador - que é tenente-coronel da reserva da Polícia Militar - não ter sido detido na ocorrência.
“Qualquer outra pessoa provavelmente teria ficado detida no ato do acontecimento. Já é muito estranho a forma como aconteceu. Enfim, esperamos que as autoridades façam justiça, nada mais do que isso. Morreu uma pessoa, nada justifica a morte”, opinou o vice-prefeito.
Entretanto, evitou comentar sobre qualquer pedido de cassação contra o vereador: "Não podemos julgar ou pré-julgar cabe às autoridades policiais fazerem tal papel.”
Ao contrário de Stopa, o vereador Paccola, que horas antes do fato, gravou vídeo defendendo o uso de armas como defesa da vida e convidando a um encontro ao ar livre armamentistas do Brasil, que acontece nesta semana em Brasília.
Leia mais: Vereador mata agente socioeducativo em Cuiabá
VERSÕES CONFLITANTES – Durante o fim de semana duas versões foram apresentadas sobre a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa. Paccola alega que o agente agrediu a namorada e que possuía uma arma em punho e no momento do embate. Segundo ele, o agente não obedeceu à ordem para largar o objeto e reagiu com disparos.
Já Janaína Sá, namorada da vítima, negou a versão de que era agredida e afirmou que Japão não puxou arma e estava apenas com o celular na mão. “Se ele estivesse com arma na mão como estão falando, na hora que caiu, cadê a arma? A arma estava na cintura. Ele morto colocou a arma na cintura? (Paccola) é mentiroso.”
Entretanto, o vereador revelou por nota, que a cena do crime foi alterada pelo próprio assessor, por isso a arma não estava ao lado do corpo como questionado. “Em virtude da forte emoção e do comportamento instável da mulher após a intervenção, e considerando o risco de alguém pegar a arma de Alexandre, para segurança de todos que estavam no local, o Vereador Tenente Coronel Paccola determinou para seu Assessor que pegasse a arma no chão, que estava ao lado da mão direita de Alexandre”, cita trecho da nota.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).