O presidente afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim desafiou o Ministério Público do Estadual (MPE/MT) a encontrar provas de seu envolvimento nas denúncias do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O conselheiro afirmou ainda que mantém seus planos de se candidatar na disputa eleitoral em 2018.
“Eu estou decidido, no dia que eu voltar ao tribunal e assumir, vou fazer justiça em relação ao meu afastamento, meu projeto de sair do tribunal para o retorno da atividade política, partidária eleitoral está mantida, eu não tenho medo dessa investigação. O Ministério Público não terá condições de me denunciar, porque não encontrará nenhum tipo de prova”, desafiou o conselheiro afastado, nessa segunda-feira (25.09) em entrevista ao Jornal do Meio Dia.
Segundo Antônio Joaquim, o ministro do Supremo Tribula Federal (STF), relator da operação Malebolge Luiz Fux, roubou sua reputação. O ministro autorizou seu afastamento da presidência, a pedido do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“A minha reputação foi sequestrada pelo senhor Janot, e por decisão do ministro Luiz Fux, também a pedido dele, seja resgatada. Não há absolutamente um ‘fiapo’ de justificativa no meu afastamento. O senhor Janot sequestrou minha reputação quando me afastou, não quando abriu inquérito, investigação, busca apreensão, quando me afastou ele sequestrou minha reputação, eu preciso reconquistar minha reputação”, declarou o conselheiro que voltou a criticar a atuação do procurador, que já havia classificado como “criminosamente parcial”.
O conselheiro também sinalizou que seu afastamento possivelmente tenha ocorrida por decisões políticas. Segundo ele, não havia justificativa de afastá-lo, uma vez que já havia anunciado que sairia por aposentadoria.
“O Janot não sabia que eu iria sair do tribunal sexta feira agora, ia me aposentar, não precisava dele me afastar, será que não sabia que meu projeto de sair do Tribunal é para um projeto político? Será que isso incomoda alguém? Alguém pode se sentir desconfortável de eu sair do Tribunal para ser candidato a alguma coisa? ”, questionou o conselheiro ironicamente.
Durante a entrevista o conselheiro voltou a criticar o ex-procurador-geral por não ter pedido o afastamento do governador Pedro Taques (PSDB) que, segundo ele, também foi citado em delação de Barbosa.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).