O deputado Carlos Avallone (PSDB), afirmou em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (23.10), após a polêmica discussão em relação ao projeto de revogação da lei da pesca, que não aprova a maneira com que o colega Wilson Santos (PSD) culpa a Lei nº. 12.197/2023 pela morte de 11 pescadores.
Avallone classificou como absurdo essa comparação de Wilson Santos e enfatizou que se todos os parlamentares começarem a tratar as leis aprovadas na Casa de Leis desta forma irão transformar a Assembleia em campo de Guerra. “Isso não vai ser bom para sociedade cuiabana, mato-grossenses e nem para nós”, frisou.
Diante dos números apresentados por Santos, sendo que o parlamentar justificou que são ao todo 17 mil pescadores e morreram 11 nos últimos seis meses. O tucano afirmou que pediu para que fosse feito um levantamento de quantos pescadores morreram antes desses seis meses no mesmo período.
“Eu quero saber quantos pescadores morreram antes desses seis meses para ver se a lei da pesca causou a morte de alguém, ou se são mortes naturais como Acidente vascular cerebral (AVC), do coração, outras coisas. Porque os pescadores têm uma condição social muito ruim”, destacou.
Em relação à criação do observatório, onde os membros iriam acompanhar os pescadores e garantir que a lei não estaria prejudicando a categoria, Avallone criticou o deputado Wilson Santos, presidente do Observatório, por não ter realizado nenhuma reunião até o momento.
“Nós temos uma lei vigente, e nela fala que muitas coisas deveriam ter sido feitas e que não foram feitas. Então nós temos que atender os pescadores, nós temos que ver a situação dessa categoria. Deveríamos estar visitando os pescadores na beira do rio”, ponderou Carlos.
Avallone ainda reforçou que o Governo do Estado tem R$ 13 bilhões em caixa e se tiver algum pescador passando fome por conta da lei aprovada os deputados deverão ajudar. O tucano salientou que não importa se são 2 ou 4 mil pessoas, o importante é ajudar para que não passem necessidades.
“Agora acusar que uma lei matou gente? É muito desagradável esse tipo de situação. Quando quem devia estar ajudando não está. Eu falei para o Wilson Santos parar de ir para Brasília, pois lá já está a decisão e vai ser discutido daqui a uns 3 ou 4 anos. Vamos discutir a necessidade dos pescadores aqui”, acrescentou.
Ao ser questionado pelo 
se como deputado estadual não teria a obrigação de fiscalizar independente do observatório, Carlos Avallone afirmou que sozinho como deputado não fez nada.
Contudo, enfatizou que fez sua parte em cobrar do presidente do Observatório [Wilson Santos] para que se reunissem e pudessem fazer alguma coisa. O tucano disse que após o segundo pedido, Wilson marcou a reunião da comissão ainda para esta quarta-feira (23). Dentre os membros, apenas Juca do Guaraná (MDB) não estará presente, pois está de licença.
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