João de Melo / Empaer
Que ele faça reintegração destes colegas sem a necessidade da judicialização, diz sindicalista ao comentar sobre possibilidade do Governo contestar lei
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), Pedro Carloto, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (07.07), disse que Assembleia Legislativa (AL/MT) corrigiu injustiça ao aprovar projeto de lei que manteve servidores na autarquia, e pediu “bom senso” ao governador Mauro Mendes (DEM), para não judicializar a questão.
Carloto defendeu aprovação do projeto por parte de deputados nessa terça-feira (06.07), e disse que a matéria veio para harmonizar a Constituição Federal com Estadual, e dar legalidade nas contratações dos servidores da Empaer, que entraram por Processo Seletivo realizado na década de 90.
Leia Mais - Em 2ª votação, ALMT aprova projeto de lei para manter servidores da Empaer
“É uma vitória não só para Empaer, mas também para Agricultura Familiar. Nós trabalhamos com mais de 100 mil no Estado. Estes colegas (servidores beneficiados) são referências nas funções que atuam. Se já imaginou a perda para sociedade com a saída deles”, declarou o sindicalista.
Sobre a possibilidade de Mendes judicializar a manutenção dos servidores, Pedro Carloto declarou: “O governador pode judicializar, mas acredito muito no bom senso do Governo. Que ele tenha o entendimento que a Assembleia Legislativa teve. Que ele tenha essa preocupação com a sociedade que mais precisa. Com as famílias dos agricultores familiares. Que ele faça reintegração destes colegas sem a necessidade da judicialização”.
Leia Também - Sobre Emaper, Mendes taxa ALMT de irresponsável e diz que não “joga para galera atrás de votinho”
Segundo ele, a Empaer vem fazendo o dever de casa ao reduzir a folha de pagamento em quase 50%, por meio do desligamento de 212 servidores, que de acordo com o sindicalista, recebiam os maiores salários da empresa pública.
“Uma empresa do tamanho de Mato Grosso que tem 200, 300 funcionários no máximo. É inconcebível isso. Nós precisamos sim fortalecer o serviço de extensão rural. A extensão rural que leva as políticas públicas para quem mais precisa que é o homem do campo, a agricultura familiar. Uma coisa importante é que as pessoas que entraram na década de 90 não foram por indicação, cargos comissionados. Eles prestaram exame de teste seletivo que cumpriu com todos os requisitos do concurso público. Essa é uma injustiça muito grande que hoje está sendo superada pela Assembleia Legislativa”, finalizou.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).