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Política Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 17:31 - A | A

Quinta-feira, 10 de Abril de 2025, 17h:31 - A | A

Várzea Grande

Após 100 dias, gestão de Flávia Moretti apresenta poucos avanços nas principais promessas

A questão do abastecimento de água foi a principal bandeira de campanha da prefeita

Gislaine Morais/VGN

Com o slogan de campanha “Dar um jeito na água de Várzea Grande”, a prefeita Flávia Moretti (PL) completa, nesta quinta-feira (10.04), os primeiros 100 dias à frente do Executivo municipal. Eleita com mais de 68 mil votos em 2024, a gestora assumiu o cargo prometendo resolver a crise hídrica, reorganizar a saúde, extinguir a “indústria das multas” e valorizar o funcionalismo público. Contudo, o início do mandato tem sido marcado por avanços tímidos, promessas ainda em estágio embrionário e crescente cobrança da população.

Crise da água: promessa principal ainda sem solução efetiva

A questão do abastecimento de água foi a principal bandeira de campanha da prefeita. Diante das recorrentes falhas no fornecimento e das inúmeras reclamações contra o Departamento de Água e Esgoto (DAE), Flávia chegou a registrar boletins de ocorrência, atribuindo o desabastecimento a atos de vandalismo.

A medida mais concreta, até agora, foi a assinatura do decreto que autoriza a abertura de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), permitindo que empresas privadas realizem estudos para futura concessão do sistema de abastecimento. No entanto, esse processo deve se estender pelos próximos dois anos, o que adia soluções efetivas para além do atual mandato.

Em 11 de fevereiro, a prefeita decretou estado de calamidade pública em decorrência da crise hídrica, com validade até agosto de 2025. O decreto abriu margem para ações emergenciais, mas os resultados ainda não são perceptíveis para boa parte da população. Apesar de as denúncias de bairros com até 30 dias sem água terem diminuído, a instabilidade no fornecimento persiste em diversas regiões.

Saúde: decretos, promessas e adesão ao “Fila Zero”

No setor da saúde, Flávia decretou, em janeiro, situação de emergência devido ao aumento de mais de 400% nos casos de arboviroses como dengue, zika e chikungunya. A medida visa ampliar a capacidade de resposta da rede pública, mas não foi acompanhada de ações de grande impacto.

A poucos dias de completar 100 dias de gestão, a prefeita aderiu ao programa estadual “Fila Zero”, prometendo eliminar a espera por cirurgias, em que há casos de pacientes aguardando há anos. A iniciativa é vista com expectativa, mas ainda carece de cronogramas definidos e ações concretas.

“Indústria da multa”: silêncio após promessa de extinguir radares

Durante a campanha, Flávia e o vice, Tião da Zaeli, prometeram retirar todos os radares de trânsito da cidade, chamando o sistema atual de “indústria da multa”. Zaeli chegou a afirmar que a remoção dependia apenas de análises legais. No entanto, após 100 dias, nenhuma medida concreta foi adotada, e o tema saiu da pauta da gestão.

Transporte público: promessa de diagnóstico que ainda não saiu do papel

A prefeita também prometeu revisar o transporte coletivo, cogitando uma nova licitação para garantir mais qualidade à população. Apesar das críticas recorrentes sobre atrasos e superlotação nos ônibus, não houve avanços públicos nessa pauta.

Funcionalismo e folha salarial: promessas e limites orçamentários

Flávia foi clara ao afirmar que, mesmo reconhecendo perdas históricas dos servidores efetivos, não haveria espaço para recomposição salarial nesses primeiros meses. Ainda assim, determinou que sua equipe técnica levantasse os impactos de possíveis reajustes, tanto por tempo de serviço quanto por qualificação.

Por outro lado, ela anunciou uma redução de 27,3% na folha salarial logo no primeiro mês de governo, comparando os atuais R$ 33,37 milhões aos R$ 45,96 milhões da gestão anterior.

Educação: reajuste prometido, mas ainda não efetivado

Atendendo ao Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep VG), a prefeita anunciou o reajuste de 6,27% para professores efetivos e contratados. Contudo, até o momento, o projeto de lei com a autorização formal ainda não foi encaminhado à Câmara Municipal.

Outra promessa feita à categoria foi a ampliação da jornada em creches e escolas para o tempo integral, com foco nos pais que trabalham em período integral. A medida, no entanto, ainda não saiu do discurso.

Segurança: Guarda Municipal com novos rumos

No campo da segurança, Flávia editou, em janeiro, o decreto que regulamenta pontos do Estatuto da Guarda Municipal, incluindo diretrizes para o curso de formação e o pagamento de ajuda de custo aos futuros guardas. Já em 9 de abril, a Câmara aprovou o projeto que garante adicional de 30% de periculosidade à categoria — o texto agora aguarda sanção da prefeita.

Balanço: promessas em andamento e cobrança crescente

Antes de completar os 100 primeiros dias de governo, Flávia Moretti declarou que os desafios estruturais de Várzea Grande “não se resolvem da noite para o dia” e sinalizou que precisa de, pelo menos, um ano para “colocar a casa em ordem”.

Leia também - Câmara aprova adicional de 30% por periculosidade para Guarda Municipal de VG

 

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