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Política Quarta-feira, 07 de Março de 2018, 10:18 - A | A

Quarta-feira, 07 de Março de 2018, 10h:18 - A | A

CPI do Paletó

Servidor reafirma que Pinheiro não pegou propina; "Era dinheiro de pesquisa" diz

Lucione Nazareth/ VG Notícias

 

O servidor da Assembleia Legislativa, Valdecir de Almeida Cardoso, afirmou nesta quarta-feira (07.03) que o dinheiro recebido pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não era propina, e que a quantia estaria relacionada ao pagamento de dívida de pesquisa eleitoral realizada pelo Mark Instituto de Pesquisa, de propriedade de Marco Polo de Freitas Pinheiro (Popó), irmão do prefeito.

“Reafirmo o que já falei, esse dinheiro era de pesquisa. Eu ficava com o celular do Sílvio, e quase todo o dia eu recebia ligação do irmão do prefeito Emanuel Pinheiro cobrando o pagamento de pesquisa. Eram pesquisas feitas para candidatos a prefeitos no interior e em Cuiabá”, declarou o servidor em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) - CPI do Paletó -, que apura a suposta quebra de decoro e obstrução da Justiça por parte do prefeito de Cuiabá.

No depoimento, Valdecir afirmou que não foi a pessoa responsável por instalar a microcâmera no gabinete do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Sílvio César Corrêa, que gravou deputados recebendo suposta propina. “Eu fui usado apenas para centralizar a câmera, não fui eu quem instalei o equipamento. Não sabia que o Sílvio iria gravar deputados”, disse.

O servidor relatou que no dia em que foi gravado, Emanuel Pinheiro não constava na lista de deputados que seriam atendidos por Sílvio Corrêa, mas que mesmo assim, o prefeito foi atendido pelo ex-chefe de gabinete de Silval.

“No dia eu fiquei aflito ao ver Emanuel Pinheiro entrando na sala. Sabia da câmera e deduzi que ele poderia ter sido gravado por Sílvio”, contou o servidor, mas afirmando desconhecer os motivos que levaram Sílvio a gravar Pinheiro.

Valdecir declarou que várias vezes presenciou Sílvio pagando por pesquisas eleitorais ao irmão do prefeito, Marco Polo de Freitas Pinheiro.

Atualizada às 10h25 - O servidor revelou que intercedeu algumas vezes junto a Sílvio Corrêa para que ele pagasse as dívidas de pesquisas eleitorais junto ao irmão do prefeito, mas negou que no dia que Pinheiro foi gravado atendeu alguma ligação de Popó Pinheiro cobrando a dívida.

Sobre a declaração realizada em cartório, a qual afirma que Pinheiro não pegou propina de Sílvio e sim dinheiro de dívida de pesquisas eleitorais, ele disse que reafirma tudo que falou e que a fez por iniciativa própria. “Após fazer a declaração eu a entreguei a uma pessoa”, no entanto não citou quem seria a tal pessoa que recebeu o documento. A declaração de Valdecir foi apreendida na casa do prefeito Emanuel Pinheiro durante a operação Malebolge em setembro de 2017.

Atualizada às 10h33 - Sobre mensalinho ou recebimento de propina por parte dos deputados, Valdecir disse que desconhecia os pagamentos. “Quando falei da chegada do Emanuel, e na época o Sílvio me disse que deveria ser coisa do Popó. Aí acredito ser de pesquisa. Mas, não tenho certeza senhor presidente”.  

Atualizada às 10h58 - Em meio ao depoimento, foi sugerido que Valdecir Cardoso autorizasse a quebra do sigilo telefônico para saber se o mesmo teve qualquer contato com o prefeito Emanuel Pinheiro ou pessoas ligadas a ele. “Não autorizo. Não sou investigado”.

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