Cinco senadores brasileiros anunciaram nesta quinta-feira que solicitarão formalmente à Procuradoria Geral da República a investigação do envolvimento da presidente Dilma Rousseff em um mau negócio, realizado em 2006 pela Petrobras.
Dilma, quando era ministra da Casa Civil e integrante do Conselho de Administração da Petrobras, autorizou a estatal a comprar parte de uma refinaria no Texas (EUA), que provocou grandes perdas à empresa e agora foi questionada por supostas irregularidades.
A solicitação de investigação foi apresentada pelos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ana Amélia Lemos (PP-RS).
Segundo um comunicado, a pretensão dos senadores é que a procuradoria averigúe "especialmente" a reunião do Conselho de Administração da Petrobras de 2006 em que foi aprovada a compra da refinaria, operação que está sendo investigada pela Polícia Federal, pelo Tribunal de Contas da União, pelo Ministério Público e pelo Congresso.
Em comunicado Dilma afirmou que a decisão da compra da refinaria se baseou em um relatório executivo elaborado por um diretor da Petrobras que era "juridicamente viciado". O documento supostamente omitia informações sobre cláusulas que eram prejudiciais para a empresa, que pagou R$ 1,18 bilhão pela compra da refinaria.
A usina tinha sido comprada em 2005 por US$ 42,5 milhões pelo belga Astro Oil, que inicialmente manteve sua participação de 50% na refinaria e depois vendeu essa parte à Petrobras por um preço significativamente superior.
O Conselho de Administração da Petrobras questionou o contrato em 2008, mas quatro anos depois, após ser derrotada em um processo arbitral nos Estados Unidos, foi forçada a cumprir as cláusulas e a comprar a parte da Astra Oil pelo preço exigido pelo sócio.
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