A senadora Margareth Buzetti (PSD), disse nesta segunda-feira (07.08), em entrevista à imprensa, que ainda é prematura fazer qualquer avaliação dos efeitos da reforma tributária, e garantiu que no Senado irá votar a proposta após analisar profundamente o texto e não em troca de “emendas pix” a ser distribuído pelo Governo.
Sobre o projeto da reforma tributária, que após ser aprovada pela Câmara dos Deputados foi enviado ao Senado para ser apreciado e votado, Margareth declarou que o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disponibilizou o texto na última quinta-feira (03.08) e que ainda é prematuro fazer qualquer avaliação.
“Não existe previsão de alíquota. O correto é que não vai haver uma alíquota em uma PEC, mas está se falando em 25, 28. Quer dizer, esse manicômio tributário de agora eu conheço, mas o que está entrando agora eu ainda não estou sabendo nada ainda, porém, não vai ser muito fácil também não. Nós vamos estar com dois sistemas paralelos porque eles irão mudar ao longo do tempo. Mas, enfim, é muito prematuro fazer julgamento agora”, declarou a senadora.
Apesar disso, a parlamentar destacou que é preciso “proteger” algumas políticas econômicas em relação às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, para que não se “aprofunde as diferenças regionais”. “Precisamos sim proteger algumas coisas para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste, porque senão iremos aprofundar as diferenças regionais”, disse Margareth
Buzetti ainda criticou parlamentares que teriam aprovado a reforma tributária após supostamente “barganharem” emendas junto ao Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Governo teria liberado às vésperas da votação do projeto na Câmara dos Deputados, mais de R$ 5,25 bilhões em “emendas pix” — modalidade de emenda que envolve a transferência direta do dinheiro a Estados e municípios, sem fiscalização por parte do Governo.
“Eu acho isso horroroso. Você tem que negociar para ter que passar uma emenda. Hoje tem parlamentares que estão legislando através de emendas. Isso está errado. Você tem que fazer seu trabalho sem isso. O Executivo teria que por, mas enfim, eu sou nova, cheguei agora no Senado. Mas, eu vou votar conforme minha consciência. Votarei de acordo com o projeto, jamais em troca de emenda”, finalizou.
Leia Também - Kalil diz não temer candidatura da coronel Fernanda: “População é inteligente e sabe quem é quem na fila do pão”
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).