O senador Cidinho Santos (PR/MT) usou a tribuna do Senado Federal nessa quinta-feira (09.02), para rebater o enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense com dados que mostram a importância do agronegócio para o Brasil e os avanços que tem permitido o aumento da produtividade aliado com a preservação do meio ambiente.
Atualmente, o agronegócio representa 23% PIB do Brasil e 48% das exportações totais do país. Segundo as estimativas da Conab, a produção total de grãos para a safra 2016/2017 – que está em andamento é de 2016/2017 é de 215,3 milhões de toneladas, um crescimento de 15,3% em relação à safra anterior. O Brasil tem cerca de 220 milhões de cabeças de gado, produção de 35,2 bilhões de litros de leite, 4,1 bilhões de dúzias de ovos, seis bilhões de frangos, 39,3 milhões de suínos.
Cidinho Santos destacou que o Brasil consegue ser um dos maiores produtores de alimento do mundo mantendo preservados cerca de 61% do bioma natural, graças ao aumento de produtividade por hectare que as pesquisas agropecuárias, lideradas pela Embrapa, proporcionaram.
“Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária mostram que os ganhos de produtividade entre 1976 e 2015 pouparam mais de 150 milhões de hectares de desmatamento no Brasil. Saímos de uma produção de 1,4 tonelada por hectare nos anos 70 para uma produtividade de 4,5 toneladas por hectare. Ou seja, produzimos mais, sem a necessidade de ampliar as áreas desmatadas”, afirmou o parlamentar mato-grossense.
O senador ainda apresentou dados da produção de energia sustentável. O Brasil produz os 31 bilhões de litros de etanol, que somados a outros biocombustíveis, representam 29% da oferta de bioenergia produzida pelo Brasil.
Cidinho Santos encerrou seu discurso criticando a mensagem passada pela escola de samba em um espetáculo transmitido para todo o mundo e elogiando o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que tem trabalhado para a abertura de novos mercados para exportações.
“Como mato-grossense, eu louvo a iniciativa de homenagear os povos do Xingu, nossos irmãos, mas para isso, não é necessária essa ofensa à agricultura e pecuária do Brasil. Temos que divulgar que somos um país sustentável, com regras sanitárias invejáveis, legislação trabalhista que respeita o trabalhador, de forma a ampliar mercados, gerando emprego e renda para o nosso país”, concluiu.
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