Em mais uma ação para dar resposta às manifestações das ruas, os senadores decidiram ontem (27.06) acelerar a tramitação do projeto de lei que cria o passe livre estudantil em todo o País. Eles aprovaram o requerimento de urgência à proposta apresentada na quarta-feira pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Renan, que diz contar com a simpatia da presidente Dilma Rousseff, já anunciou a votação do texto em plenário na próxima quarta-feira, dia 3 de julho. Somente o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), foi contrário ao requerimento.
O tucano considerou que seria melhor que a proposta passasse pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a fim de se chegar a uma estimativa de quanto custaria a gratuidade do transporte público coletivo em todo o País. "É uma irresponsabilidade essa correria para aprovar tudo assim", ressaltou. "Não pode conceder benefícios sem estudos", acrescentou o senador.
Poucos pagam. O presidente do Senado respondeu que a urgência é legítima e, se não for usada, a Casa estará indo na contramão do que querem os manifestantes pelas ruas.
Renan destacou ainda que o custeio do passe livre virá da exploração do petróleo da camada do pré-sal. "É a primeira vez que nós temos a definição clara de quais recursos suportarão o passe livre", afirmou na quarta-feira desta semana.
Segundo Renan Calheiros, atualmente, "quem conhece o transporte público no Brasil" diz que poucos é que pagam as passagens em todo o País.
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