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Política Terça-feira, 30 de Julho de 2019, 09:15 - A | A

Terça-feira, 30 de Julho de 2019, 09h:15 - A | A

Quebra de sigilo

Selma não explica ofício encaminhado ao ex-governador sobre grampos e dá versões contraditórias

Edina Araújo/VG Notícias

Reprodução Site candidata

Selma Arruda

 

Dois depoimentos, com duas versões contraditórias foram prestadas pela então juíza titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, sobre ofício enviado à época ao governador Pedro Taques (PSDB), avisando sobre dois números que supostamente poderiam ter sido inseridos como “barriga de aluguel”, no caso das interceptações ilegais em Mato Grosso. Atualmente, Selma Arruda é senadora por Mato Grosso pelo PSL.

Selma Arruda encaminhou o ofício número 79/2017/GAB – destacado como "Sigilo", ao então chefe do executivo estadual, com o mesmo teor que enviou à corregedora-geral de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, sobre irregularidades nas interceptações telefônicas deferidas pela Sétima Vara. O ofício da então magistrada foi em resposta ao um questionamento da corregedora-geral a todos os juízes que verificassem se havia em suas respectivas varas algum deferimento de interceptação telefônica que poderia estar ilegal.

No primeiro depoimento, Selma justificou aos delegados que apuram o caso, que enviou o ofício porque havia indícios da participação da delegada Alana Derlene Sousa Cardoso, que ocupava a época, o cargo de diretora de Inteligência da Polícia Judiciária Civil, diretamente ligada à Secretaria de Segurança Pública, cujo titular era o promotor de Justiça Mauro Zaque de Jesus.

“Excelência, diante das notícias amplamente veiculadas nos últimos dias, analisando o procedimento ID 388156, é possível verificar que existem indícios de que os terminais telefônicos foram inseridos pela Autoridade Policial, Delegada Alana Derlene Sousa Cardoso. Esta Delegada ocupava, na época, o cargo de Diretora de Inteligência da Polícia Judiciária Civil, diretamente ligada à Secretaria de Segurança Pública, cujo titular era o Promotor de Justiça Mauro Zaque de Jesus”, consta do ofício.

No segundo e último depoimento, no início do ano passado, no dia em que Selma falou à imprensa que iria se aposentar e seria candidata ao Senado, ela depôs na ação dos militares, e disse que mandou o ofício ao chefe do executivo estadual porque era irregularidade atribuída a uma delegada e poderia ter participação do secretário, que era delegado também, se referindo a Rogers Jarbas.

Porém, segundo fontes do oticias, as versões de Selma, “caem por terra” porque a situação aconteceu no início de 2015, quando Rogers era chefe do Detran. Portanto, não havia nenhuma ligação que pudesse justificar o comunicado ao Poder Executivo.

As defesas dos acusados também questionam o motivo de Selma, enquanto magistrada ter comunicado o ex-governador sobre um fato, o que pode ter quebrado o sigilo das investigações. Até porque, os números detectados por Selma como irregulares foram de Tatiane Sangalli, suposta ex-amante de Paulo Taques, ex-secretário de Estado Chefe da Casa Civil e primo de Pedro Taques, e o da ex-assessora dele, Caroline Mariano dos Santos.

Fontes do oticias asseguram que a juíza aposentada tinha pretensões políticas e queria uma aproximação com ex-governador – tanto que saiu candidata pelo grupo de Pedro Taques.

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