A secretária de Desenvolvimento Urbano de Várzea Grande, Manoela Rondon Ourives Bastos, declarou nesta quinta-feira que deve recuar da decisão de exigir a construção de muros em obras residenciais da cidade.
A medida é rejeitada pela ssociação das Construtoras e Incorporadoras de Mato Grosso (ACIMT) e poderia inviabilizar obras do Minha Casa Minha Vida, programa do Governo Federal criticado pela prefeita Flávia Moretti (PL).
"Nós startamos (sic) esse procedimento, fomos abordados pelos construtores, tivemos várias reuniões inclusive, e já estudamos a melhor forma de atender as ediciações do programa Minha Casa Minha Vida faixa I e faixa II de forma que não prejudique a construção", comentou a secretária em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real.
Manoela reconheceu que a exigência traria prejuízos para os construtores e para os compradores de imóveis, uma vez que o preço das casas ficaria mais alto e o aumento do custo de produção seria repassado aos proprietários.
"O que aconteceria é que oneraria o valor e o custo final cairia sobre os proprietários, os moradores", comentou. "Como é previsto em legislação, a gente precisa cumprir a legislação municipal", acrescentou.
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Questionada sobre se essa determinação foi tomada somente porque a secretária possui vínculos com grandes construtoras, interessadas na fatia de mercado do Minha Casa Minha Vida.
"Eu sou arquiteta e urbanista formada em 2002, em 2012 eu atuei no município como superintendente de Desenvolvimento Urbano, dei aula por 15 anos, e hoje estou secretária, atuei desde 2002 como arquiteta, tenho a minha empresa, e tive esse tempo todo várias empresas em que fui contratada para atender projetos de arquitetura", declarou. "Até a empresa que eles mencionaram que eu teria ligação, o tipo de empreendimento é verticalizado, não tem nada a ver com empreendimento horizontal, que são casas individuais, isso aí é o que a gente entrou para cumprimento está descrito no Código de Obras e Postura do Município", comentou a secretária.
Manoela Ourives foi questionada, então, se a decisão de exigir muros não acabaria justamente beneficiando a construtora citada, uma vez que a medida poderia fazer com que o setor 'migrasse' para a compra de apartamentos.
"São demandas diferenciadas e públicos diferenciados", respondeu a secretária.
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