José Wallison/ Câmara de Várzea Grande
"Várzea Grande é o segundo município mais populoso do Estado", defendeu a vereadora Rosy Prado (União)
A vereadora de Várzea Grande, Rosemary Souza Prado, popular Rosy Prado (União), respondeu à primeira-dama Virginia Mendes, que acusou as parlamentares do município de desconhecerem as ações do Governo do Estado em Várzea Grande.
Tanto Rosy como a vereadora professora Eucaris Arruda (MDB), cobraram novamente uma Delegacia da Mulher 24 horas e um Instituto Médico Legal (IML) na cidade. Porém, a primeira-dama apontou que as parlamentares não reconhecem os investimentos do Governo Mendes, idealizados por ela, que ultrapassam R$ 1 bilhão, aplicados em obras estruturantes e recursos destinados ao social com programas.
Rosy Prado respondeu afirmando que comungar do mesmo partido do governador Mauro Mendes (União) não significa “exercer conduta omissa dentro do legislativo Várzea-Grandense.”
“Reconheço o trabalho do governador, no entanto, tergiversar sobre o poder/dever de repasse do Estado com o segundo município mais populoso e ainda observar a cidade industrial como ‘puxadinho’ da Capital é inaceitável quando postulamos estritamente uma Delegacia da Mulher 24 horas e a instalação de um instituto médico-legal”, declarou a vereadora.
Rosy afirmou que conhece os problemas de Várzea Grande e tem o dever de requerer os direitos do município. Para a primeira-dama, as mulheres vítimas de violência devem buscar apoio em Cuiabá por considerar “Cuiabá e Várzea Grande são cidades irmãs”. Contudo, Rosy afirma que a fala da primeira-dama reforça ainda mais a cobrança por um olhar sensível para as mulheres vítimas de violência no município.
“Distancio-me de mera discussão política e sublinho que exatamente por conhecer, profundamente, os problemas dos Várzea-grandenses, gastando sola de sapato, coloco-me com o dever inalienável de requerer direitos para as mulheres, matéria a que me atenho por ora”, argumentou Rosy.
Durante a audiência pública, Eucaris destacou a dificuldade da mulher ter que se deslocar para Cuiabá para buscar uma ajuda especializada. “Imagina aquelas mulheres lá em bairros distantes, que muitas vezes não tem dinheiro nem para pagar o passe do transporte coletivo, imagina se deslocar de Várzea Grande para Cuiabá. Ela acaba pensando: "Prefiro ficar em casa apanhando. E nisso, ela está sendo violada dos seus direitos constitucionais. E o que estamos fazendo enquanto legisladores? Fechando os olhos", criticou.
VEJA NA ÍNTEGRA
Resposta da vereadora Rosy Prado (União)
Preliminarmente, destaco que comungo do mesmo partido do governador Mauro Mendes, elogiando-o quando necessário, o que não significa exercer conduta omissiva dentro do legislativo Várzea-grandense.
A questão levantada por mim e diversas autoridades do tema em sede de audiência pública sobre o problema da violência contra à mulher encontra lastro amparo quando confrontado com os dados da violência contra à mulher em Mato Grosso.
Relatório da própria Secretaria Estadual de Segurança Pública mostrou um aumento de 11% no número de feminicídios quando comparado com o ano de 2021, colocando-nos entre os 10 estados da federação mais avessos ao pleno exercício da cidadania feminina.
Reconheço o trabalho do governador, no entanto, tergiversar sobre o poder/dever de repasse do estado com o segundo município mais populoso e ainda observar a cidade industrial como "puxadinho" da capital é inaceitável quando postulanos estritamente uma delegacia da mulher 24 horas e a instalação de um instituto médico legal.
Distancio-me de mera discussão política e sublinho que exatamente por conhecer, profundamente, os problemas dos Várzea-grandenses gastando sola de sapato, coloco-me com o dever inalienável de requerer direitos para as mulheres, matéria a que me atenho por ora.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).