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Política Domingo, 24 de Agosto de 2014, 10:39 - A | A

Domingo, 24 de Agosto de 2014, 10h:39 - A | A

Rodada de Entrevista

Riva faz duras críticas a Pedro Taques e afirma que Silval Barbosa é o responsável por “erros” no atual governo

O social-democrata falou de suas propostas para Mato Grosso, sobre a situação jurídica de sua candidatura e teceu duras críticas ao candidato ao governo pela coligação “Coragem e Atitude pra Mudar”, senador Pedro Taques (PDT)

por Edina Araújo/Rojane Marta & Lucione Nazareth/V

O site VG Notícias continua com a rodada de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado. O primeiro entrevistado foi o médico Lúdio Cabral (PT), o segundo foi o jornalista José Marcondes “Muvuca” (PHS), e nesta semana à reportagem recebeu na sede do site, a visita do deputado estadual e candidato ao governo pela coligação “Viva Mato Grosso”, José Riva (PSD).

O social-democrata falou de suas propostas para Mato Grosso, sobre a situação jurídica de sua candidatura e teceu duras críticas ao candidato ao governo pela coligação “Coragem e Atitude pra Mudar”, senador Pedro Taques (PDT). Confira a entrevista.

Esse embate jurídico que o senhor enfrenta referente sua candidatura, não gera uma insegurança ao eleitorado?  Como senhor tem lidado com isso?

Riva -Com certeza não deixa de gerar certa intranquilidade, certa insegurança, mas tenho mostrado ao eleitorado de Mato Grosso, que a nossa candidatura do ponto de vista jurídico é viável, e que nós vamos conseguir junto ao Tribunal Superior Eleitoral reverter à decisão do Tribunal Regional Eleitoral. Fiz consultas com os mais renomados juristas, que deram parecer que a nossa candidatura, juridicamente falando, é viável. Tenho mostrado para o eleitorado que vai sair a minha candidatura. E a nossa campanha continua normalmente.

O senhor não acha que a Lei da “ficha limpa” não acaba indo de encontro com a democracia, porque veta o candidato, não dando a possibilidade ao eleitor para ele escolher seu governante?

Riva -A Lei da “ficha limpa” foi sem dúvida um avanço dentro daquilo que é estabelecido na legislação. A legislação é bem clara não é “ficha limpa” quem tem condenação em colegiado e estejam presentes alguns requisitos. Acontece que estão deixando alguns inelegíveis que não estão enquadrados nesses requisitos. Eu acho uma lei boa, dentro dos parâmetros da legislação

Nas piores das hipóteses, se o TSE impugnar sua candidatura, existe uma segunda via? O grupo do senhor já parou para analisar a possibilidade de um plano b?

Resposta Riva -Nós temos um plano “a” e um plano “b”. O plano “a” é minha candidatura e o plano “b” também é a minha candidatura. Nós vamos vencer o TSE se Deus quiser.

O que dá tanta confiança ao senhor assim?

Riva - O excesso de confiança são os processos julgados iguais aos meus e que tiveram o registro deferido. Esses processos foram anexados ao meu pedido, mas o TRE não levou em consideração. Você imagina que o TSE vem julgando os processos de uma forma, não vai ser no meu que ele vai mudar. Tenho confiança que a minha candidatura vai ser validada.

Em um eventual segundo turno, se o senhor estiver presente qual dos outros candidatos gostaria de enfrentar? Tem alguma preferência?

Riva -Não tenho preferência. Se houver segundo turno seja qual for candidato o mais importante é encarar a disputa no campo das propostas, das ideias, independentemente de quem seja o nome, vamos enfrentar assim como estamos fazendo nesse momento. Aliás, espero que não tenha segundo turno, espero ganhar no primeiro.

O candidato Pedro Taques ao responder suas acusações de que ele estaria envolvido na Operação Ararath, disse que não bate boca com presidiário. Como o senhor vê essa resposta? O senhor acredita que essa resposta do senador causa desconforto nas pessoas que já tiveram problemas judiciais?

Riva -O senador está sendo infeliz nas afirmações dele. Primeiro ele deve satisfação para a sociedade, assim como eu devo, não adianta ele ficar nervoso. Queira ou não queira o nome dele, o nome da esposa dele, o nome da empresa da esposa dele, o sócio da esposa, estão inseridos na lista de investigados da Polícia Federal. O nome não cairia do céu naquela lista. Alguma coisa a polícia federal encontrou para anexar o nome deles na lista de investigados. Eu tenho certeza que não é do nada.

Ele falar que não conversar com presidiário, ele tem que lembrar que tem presidiário do lado dele, tem pessoas da coligação dele que já foram presos. O fato de você ser preso não significa que você seja culpado. A minha prisão, por exemplo, foi ilegal, arquitetada por uma ex-assessora dele, que hoje é procuradora do Estado. Que segundo o ministro do STF, ela o induziu a erro. A resposta do ministro na decisão diz tudo. Satisfação para quem entra na política tem que dar sempre que for questionado.

O senhor acha que ele está usando de dois pesos e uma medida nesse caso?

Riva -Sempre foi da índole dele fazer isso. Não quero levar essa campanha para o campo da denúncia, do ataque, isso não vai levar a nada. O senador tem muito para explicar, como por exemplo, tive acesso um processo da Coorperlucas, que estava sobre a responsabilidade do ex-juiz federal, Julier Sebastião, onde o magistrado cobrava de Taques (na época,  procurador federal de Mato Grosso) o andamento processual, no processo tinha como envolvidos Otaviano Pivetta, ele (Taques) não devolveu o processo e ele prescreveu.

Ele vai ter que explicar isso. Assim como a população quer saber a respeito dos meus processos, eles querem saber por que ele deixou prescrever o processo, porque o nome do senador aparece na lista da Polícia Federal. A gente tem que encarar isso com a maior normalidade.

O senhor como deputado fez várias declarações sobre um estudo para divisão do Estado de Mato Grosso. Se eleito governador essa possibilidade de divisão será realidade?

Riva - O Estado está integrado, não mais o que se falar em divisão. Não vejo possibilidade no momento atual. Há muito tempo que defendo a tese que Mato Grosso é uni divisível. Temos que fortalecer as regiões, colocar o governo mais próximo do cidadão.

O meu governo vai ser descentralizado, onde pretendo criar quatro Secretarias de Desenvolvimento Regional. Onde pretendo colocar o governo mais perto do cidadão. Na região oeste, na região sul, na região do Araraguaia e na região norte. Essas quatro secretarias têm o papel fundamental de fazer a integração dessas com o Estado e do Estado estar mais presente nessas regiões.

O senhor pretende reativar as OSSs no Estado?

Riva -Pretendo acabar com as OSS. Vou tirar as OSS’s da gestão da Saúde. Fazer uma gestão da Saúde a partir do fortalecimento dos hospitais regionais envolvendo os prefeitos na administração, equipando melhor os hospitais, e levando média e alta complexidade nos 16 pólos de Mato Grosso, ampliando os leitos de UTI, construindo um grande hospital em Cuiabá com 300 leitos.

Pretende abrir o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, em parceria com os municípios, pretendo melhor o sistema de Saúde na atenção básica, e também os Prontos-Socorros de Cuiabá e Várzea Grande.

O governo federal tem liberado milhares de casas populares do Programa Minha Casa, Minha Vida, mas, o governo do Estado não tem dado suporte a essas construções, principalmente na área de segurança e de infraestrutura, qual o seu plano para solucionar esse problema?

Resposta Riva -Ampliar o sistema de habilitação. O Estado tem que fomentar as parcerias com o município, asfaltar os conjuntos habitacionais para melhorar a qualidade de vida. Pretende construir mais de 80 mil casas em todo o Estado, sabendo que Mato Grosso tem uma grande demanda, mas com a preocupação voltada para o setor da segurança pública e infraestrutura como um todo.

Como o senhor pretende conduzir seu governo, mais técnico ou político? O senhor acha correto partidarizar secretarias, a exemplo da Educação que o PT comanda desde a gestão Blairo Maggi?

Riva -De jeito nenhum. Fiz poucos acordos políticos e não fiz acordos de secretaria. Quero montar um governo técnico, priorizando a competência, reduzindo os cargos comissionados. Importante ter o político na gestão para fazer as articulações.

Com pessoal técnico você colhe resultados. Vamos fazer um governo técnico, um governo enxuto. Queremos reduzir a máquina pública, e para isso vamos dar um choque de gestão.

O que senhor pretende fazer na área da Segurança Pública?

Riva -Ampliar de 25% para 35% o número de efetivo da Polícia Militar, de forma gradativa, dar melhor condições de trabalho para os policiais, assumir o controle de fronteira, já que o governo Federal não cumpriu com o compromisso de fazer o trabalho.

Investir na inteligência da Polícia, criar mais delegacias no Estado, principalmente, voltado para setor de entorpecentes, quero fazer uma guerra declarado contra o tráfico de drogas em Mato Grosso. Vamos combater esse mal que está acabando com a nossa juventude.

Desenvolver um fundo voltado para a recuperação do jovem usuário de droga, e esse fundo será criado por meio do ICMS da venda do cigarro e do álcool, que são a porta de entrada para uso da droga.

O senhor não se sente responsável pelos erros das últimas gestões, já que faz parte da base aliada do governo e por vários mandatos foi presidente ou primeiro-secretário da Assembleia?

Riva -Quando você é deputado, você não tem a caneta. Claro que eu gostaria que mudasse muita coisa no Estado. Gostaria que houvesse pessoas mais técnicas no governo, porque com elas acredito que o governo seria muito melhor.

A única pessoa responsável que está aí, e o governador e sua equipe. Nunca tive a intenção de influenciar dessa forma, pelo contrário tive a intenção de emplacar os benefícios para o povo de Mato Grosso. A sociedade tem saber a minha postura e do governador Silval. Quem tem a caneta e o dever de chamar a responsabilidade para ele e tomar decisões é o governador. Portanto, estou tranquilo quanto a isso, embora o governador Silval Barbosa seja meu amigo, não tenho como interferir na gestão dele.

Como o senhor tem avaliado o resultado das pesquisas divulgadas até o momento?

Riva - A pesquisa correta deveria estar presente nos 141 municípios do Estado. Nenhuma destas pesquisas divulgadas até agora teve um número representativo de municípios pesquisados. Mas tenho certeza, que com minha candidatura consolidada, e se os números das pesquisas forem verdadeiros, em menos de 15 dias vou dobrar minha pontuação e ficaria na frente.

Considerações Finais de Riva

Riva - Quero fala para os moradores de Várzea Grande que eu pretendo trazer para a cidade o Campus da Universidade Federal de Mato Grosso, trabalhar um grande programa de regulação fundiária no município. Estou preparado para fazer um modelo onde reduz atividade meio, a atividade demonstrativa, e sobre mais dinheiro para atividade finalística.

Quero desenvolver programas importantes para o Estado, e quero acima de tudo, melhorar a qualidade de vida do cidadão, a partir de uma educação, de uma saúde melhor, uma segurança que nos dê tranquilidade de ir para o trabalho e deixar as nossas casas os nossos filhos, e dar toda a condição de escoar nosso agronegócio que a base da nossa economia. Criar na região metropolitano, que agrega Várzea Grande, criar três pólos indústrias: moveleiro, couro e têxtil, e nesses três pólos eu quero gerar 30 mil empregos, preciso de determinação, dedicação e buscar investidores e nós temos a competência para fazer isso. Por isso, peço o voto de confiança para que possamos ser eleito e dar um choque de gestão no Estado.

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