O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chorou, exaltou as instituições e a democracia durante o início de seu discurso na solenidade de diplomação, nesta segunda (12.12). A cerimônia é feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
No início do discurso, o petista declarou: “Este não é um diploma do Lula presidente. É um diploma de uma parcela significativa do povo que ganhou o direito de viver em um país democrático”.
Lula se emociona ao lembrar do discurso que fez em 2002, quando foi eleito para o seu 1º mandato à frente da Presidência da República, e do período de 580 dias que esteve preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (Paraná).
“Quero pedir desculpas pela emoção. Quem passou o que eu passei nesses últimos anos, e estar aqui agora, é a certeza que Deus existe. Eu sei o quanto custou, não apenas a mim, mas ao povo brasileiro a espera para reconquistarmos a democracia. [...] Quero agradecer ao povo pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário, o diploma de presidente da República”, disse o petista chorando.
O presidente eleito afirmou que não medirá esforços para cumprir as promessas de campanha realizadas durante o pleito com objetivo, segundo ele, de “fazer do Brasil um país mais desenvolvido, com a garantia de dignidade e qualidade de vida, sobretudo aos mais necessitados”.
Em seu discurso, ele exaltou as instituições e a democracia: “Muito mais que a cerimônia de diplomação de um presidente eleito, esta é a celebração da democracia. Poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada, assim como que poucas vezes a vontade popular foi tão colocada à prova e teve que vencer tantos obstáculos. [...] Quando se esperava um debate político democrático, a Nação foi envenenada com mentiras produzidas no submundo das redes sociais. Semearam a mentira e o ódio, e o país colheu uma violência política que só se viu nas páginas mais tristes da nossa história. Mas a democracia venceu”.
Lula atacou indiretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), disparando que durante as eleições “tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público”.
“Intimidaram os mais vulneráveis com ameaças de suspensão de benefícios, e trabalhadores com o risco de demissão sumária, caso contrariassem interesses de empregadores. Lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo, e criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação”.
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