O procurador-geral de Justiça (PGJ) de Mato Grosso, José Antônio Borges, afirmou ao Colégio de Líderes, da Assembleia Legislativa (ALMT), que o Ministério Público do Estado (MPE) fará uma auditoria externa do sistema de intercepção telefônica para verificar se houve irregularidades nas investigações conduzidas pela instituição. A decisão foi anunciada aos deputados na tarde dessa terça-feira (23.07).
José Antônio Borges explicou à imprensa, que esclareceu aos deputados às providências que já foram tomadas, e as que ainda serão -, e citou como exemplo as auditorias internas e externas no sistema “guardião” para apurar se houve de fato manipulação e a participação de promotores do Gaeco nas interceptações telefônicas clandestinas. Borges já admitiu que a placa que o cabo Gerson Correa afirmou em depoimento à Justiça Militar ter recebido das mãos do procurador de Justiça Paulo Prado, realmente não se encontra no Ministério Público, o que pode caracterizar furto e peculato.
“Já adotamos medidas administrativas, seja com a Corregedoria, seja com próprio doutor Domingos Sávio para saber o que ocorreu dentro do Gaeco. O que temos de concreto é o seguinte: o esquema e as ordens com relação à “grampolândia” vieram de Cáceres, da Justiça e do promotor de lá. Agora, as informações de que haveria grampos no Gaeco vamos investigar internamente”, assegurou Borges.
Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, disse que não cabe à Presidência da Casa decidir sobre a instalação ou não de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para acompanhar as investigações sobre as interceptações ilegais em Mato Grosso, mas a cada parlamentar.
Segundo Botelho, cada deputado fará seu julgamento sobre o resultado da reunião com o procurador-geral de Justiça - se as explicações foram convincentes ou não. Para ele, a reunião com Borges foi esclarecedora e disse que o chefe do Ministério Público se comprometeu a investigar o suposto envolvimento de membros da instituição.
“No momento, me parece que não haverá CPI. Mas eu não posso dizer e nem cobrar isso dos deputados. A comissão depende de oito assinaturas e a decisão é individual, cabe a cada deputado decidir”, declarou o presidente da Casa de Leis.
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