O deputado estadual Valdir Barranco (PT) classificou como “oportunismo eleitoral” a manobra do candidato a prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) de se unir aos deputados do PL para revogar a "Lei do Transporte Zero", que eles mesmo ajudaram a aprovar, proibindo a pesca no Estado por 5 anos em Mato Grosso.
Barranco criticou Abilio por “nunca” se envolver na “luta” para barrar a "Lei do Transporte Zero", contestada com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) desde 2023. Ele observou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, relator da ADI, é uma indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mesmo assim, Abilio não se manifestou em favor do pescador.
“Onde ele estava durante as audiências de conciliação, quando houve as tratativas no Supremo Tribunal Federal. Onde ele estava que não procurou o ministro nomeado pelo presidente dele: Bolsonaro, para que pudesse intervir em favor dos pescadores. E agora, quem está no palanque deles? Exatamente o governador que propôs o projeto”, criticou o deputado.
Valdir Barranco e os deputados Lúdio Cabral (PT), candidato a prefeito de Cuiabá, e Wilson Santos (PT) foram os que lideraram o debate na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) em favor dos pescadores. No processo de validação, flexibilizamos a lei, conforme recomendação do STF. O Governo de Mato Grosso alterou a proibição total da pesca, porém manteve proibida a pesca, o armazenamento, comércio e transporte de 12 espécies de peixes, que representam 90% do faturamento do pescador.
A lei “flexibilizada” contou teve voto contrário de oito deputados, Dr. João (MDB), Sebastião Rezende (União), Tiago Silva (MDB), Faissal (Cidadania), Eliseu Nascimento (PL), Valdir Barranco (PT), Lúdio Cabral (PT) e Wilson Santos (PSD). Já os deputados Gilberto Cattani e Diego Guimarães, ambos de PL, que votaram com o governador Mauro Mendes (União), agora pedem a revogação a pedido de Abilio. A mudança repentina de ideia em período eleitoral foi criticada por Barranco.
“É um palhaço. Um desrespeito com os eleitores, com os pescadores. Onde ele estava durante os seis anos de tramitação desse projeto na Assembleia, 2019 até 2023”, criticou Valdir Barranco.
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