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Política Segunda-feira, 22 de Julho de 2019, 15:20 - A | A

Segunda-feira, 22 de Julho de 2019, 15h:20 - A | A

Incoerência

Presidente da OABMT diz que Selma decretaria sua própria prisão se ainda fosse juíza

Larissa Malheiros/VGNotícias

VG Notícias

 

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso (OAB), Leonardo Campos, em entrevista ao oticias no Ar, na última sexta-feira (20.07), fez algumas críticas ao comportamento da então juíza Selma Arruda, atualmente senadora pelo PSL.

Leonardo Campos diz que a atitude de Selma, enquanto juíza era uma, depois que se tornou política mudou completamente – e que o rigor que antes usava para julgar – não é o mesmo em relação ao seu comportamento como política - e citou o exemplo do caixa dois e o abuso de poder econômico – que culminaram com a cassação da senadora em primeira instância, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT).

“É no mínimo contraditório. Não vou pessoalizar ou fulanizar, a gente analisa a situação no macro, mas no caso da senadora, essa não é uma das poucas incoerências de seu discurso”, disse o presidente.

A afirmação do presidente da Ordem foi em resposta a um questionamento sobre a então juíza Selma Arruda, na época que surgiram suspeitas de “barriga de aluguel”, quando das interceptações telefônicas ilegais, ter comunicado o então governador Pedro Taques (PSDB) sobre números suspeitos que estariam inseridos de forma ilegal nas escutas.

A então magistrada respondeu um ofício à Corregedoria do Poder Judiciário informando dois números que considerava suspeitos, e ao mesmo tempo, encaminhou um ofício ao então governador Pedro Taques informando os números. O teor do ofício consta da ação que tramita em segredo de justiça. O que causa estranheza, segundo presidente da Ordem, qual o motivo para a então juíza titular da Sétima Vara Criminal comunicar o executivo estadual – sendo que ele (Taques) figurava como um dos supostos envolvidos.

Leonardo reforçou que atitude da juíza não é normal e causa estranheza uma magistrada reportar os fatos de competência do Judiciário, para o executivo estadual. “Absolutamente estranho, ela não poderia ter feito isso. Ela tem que comunicar a autoridade que a solicitou que é a Corregedoria no caso reportado. Soa muito estranho o fato de a juíza detectar barriga de aluguel e comunicar o governador do Estado que houve essa barriga de aluguel. Se fosse o caso, teria sido comunicado pela direção do Tribunal de Justiça, pelo relator das notícias crime das interceptações ilegais, desembargador Orlando Perri. Então, ela precisa esclarecer esses fatos. Tenho certeza que se a senadora enquanto juíza fizesse um terço do que ela fez, a postura dela seria em decretar a prisão deste cidadão que cometeu o mesmo ato que ela cometeu”, disparou Leonardo Campos.

Na ação, ela foi alvo de uma denúncia feita pelo ex-marqueteiro de sua campanha que entregou documentos que comprovaram a existência de contrato em período vedado. Além disso, outros fatos são apontados contra ela, como o pagamento de valores exorbitantes com seu cheque nominal para fins eleitoreiros.

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