O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), deputado estadual Eduardo Botelho (União), comentou a decisão dos deputados Wilson Santos (PSD) e Júlio Campos (União) de criarem um projeto de lei que obriga gravar os treinamentos de policiais e bombeiros militares no Estado de Mato Grosso.
A proposta, ainda em fase de elaboração, deve ser apresentada para evitar novos óbitos durante treinamentos militares no Estado de Mato Grosso, especialmente após a morte de Lucas Veloso Peres, de 27 anos, aluno do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros, que faleceu na terça (27), durante treinamento na Lagoa Trevisan.
Ele estava vendo que a pessoa estava morrendo e não conseguiu socorrer?
“Tem que ser tomada alguma medida. O responsável por dar o treinamento precisa ter responsabilidade. Se ele não tem responsabilidade com a pessoa, que ele está tratando, ele vai socorrer uma vida? As pessoas vão colocar a vida em risco na mão de um capitão desse. Não tem lógica. Ele estava vendo que a pessoa estava morrendo e não conseguiu socorrer? Tem que ter responsabilidade em cima disso. E depois é promovido ainda”, criticou o deputado.
Botelho também chamou atenção do comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT), coronel BM Alessandro Borges. Segundo ele, Borges tem que tomar providência. “Ele está inerte nisso. Está quieto, não está tomando providência nenhuma. O coronel Alessandro tem que tomar providência. Ele não se manifestou. Tem que se manifestar sobre isso. E criar uma responsabilidade em cima disso.”
INVESTIGAÇÃO
O delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, afirmou que não investigará as causas da morte o aluno do Corpo de Bombeiros (CBMMT), Lucas Veloso Peres, 27 anos. Segundo o delegado, a investigação não é de competência da Polícia Civil. Ele explica, que o caso será investigado pelo Corpo de Bombeiros, em razão das denúncias de torturas e de afogamentos.
Já o Ministério Público Estadual (MPE) encaminhou ofício à Corregedoria Geral do Corpo de Bombeiros requerendo que seja instaurado inquérito para apurar os fatos que levaram à morte de Lucas Veloso Peres, de 27 anos, aluno do curso de formação de soldados da corporação, que faleceu na terça (27), durante treinamento na Lagoa Trevisan.
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