A coligação “Viva Mato Grosso” ingressou, nessa sexta-feira (03.10), junto à Justiça Eleitoral, com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o candidato ao governo do Estado pela coligação “Coragem e Atitude Para Mudar”, José Pedro Gonçalves Taques (PDT), e o vice dele, Carlos Henrique Baqueta Fávaro (PP). A coligação pede que seja apurada a prática de abuso de poder político por parte dos candidatos, por supostamente terem, em conluio com o prefeito da Capital, Mauro Mendes (PSB), feito uso eleitoreiro das obras do novo Pronto-Socorro de Cuiabá.
Na ação, a coligação pede ainda que seja determinada, liminarmente, a requisição de todos os documentos relacionados ao projeto do novo Pronto-Socorro, inclusive sobre os gastos com publicidade, a serem juntados aos autos no prazo máximo de 72 horas, sob pena de pagamento de multa.
“O grande problema foi a estratégia de marketing montada pelos Representados em conluio com a Prefeitura Municipal de Cuiabá/MT, comandada por seu maior apoiador, Sr. Mauro Mendes, o que caracterizou o abuso de poder político, causando evidente desequilíbrio ao pleito. Com efeito, a estratégia de marketing consistiu em massificar a informação de que não foi possível a construção do novo pronto-socorro por culpa exclusiva do Governo Estadual, porém, caso Pedro Taques fosse eleito, essa obra irá se concretizar. Após a massificação dessa informação, a Prefeitura simplesmente, a toque de caixa, apresenta um projeto para a sociedade um novo projeto do Pronto-Socorro”, consta da ação.
Outro argumento é que, além de massificar a informação de que não foi possível a construção do novo pronto-socorro por culpa exclusiva do Governo Estadual e que caso Pedro Taques fosse eleito essa obra iria se concretizar, o prefeito de Cuiabá se aproveitou de comícios do candidato para anunciar o novo hospital.
“Como se vê, se não bastasse a irregularidade da apresentação do projeto em si, pois, há claro desvio de finalidade, uma vez que o objetivo de tal ato é o de angariar vantagem eleitoral aos Representados, o novo PS foi anunciado em um comício do candidato Pedro Taques”, traz o texto.
“Peço ainda que seja julgada procedente a presente ação de Investigação Judicial, declarando a cassação do registro de candidatura dos candidatos Representados, bem como sua inelegibilidade e, consequentemente, seja aplicada a multa a todos os Representados”, requere a coligação ao solicitar, ainda, que a Justiça Eleitoral informe o Ministério Público Eleitoral sobre o ocorrido.
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