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Política Domingo, 13 de Abril de 2025, 10:00 - A | A

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EM CUIABÁ

Prefeito de Cuiabá diz que não investirá para manter moradores nas ruas

Prefeito condena ‘romantização’ da vida nas ruas e defende responsabilização

Nicolle Ribeiro/VGN

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), se manifestou na sexta-feira (11.04) acerca de dois episódios envolvendo pessoas em situação de rua — Ney Muller Alves Pereira e Cleia Lina dos Reis — ocorridos na quarta-feira (10.04), na Capital. Segundo o chefe do Executivo municipal, não deve haver “romantização” da vida nas ruas, e sua gestão não pretende investir em políticas que incentivem a permanência de indivíduos em situação de vulnerabilidade.

Abilio destacou, inicialmente, que se tratam de ocorrências distintas. Cleia faleceu após ser atropelada ao se lançar à frente de um caminhão, enquanto Ney foi executado a tiros pelo procurador da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo.

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“No caso da Cleia, infelizmente, pelo que o vídeo mostra, ela entrou em um ponto cego do caminhão. Estava fazendo o que costumava: pedindo esmolas, e acabou sendo atropelada. Já o outro caso foi uma execução, em que uma pessoa atirou contra outra. Isso deve ser investigado pela polícia, e o responsável deve ser devidamente responsabilizado”, disse o prefeito.

Ele também comentou sobre Cleia, figura conhecida na região onde vivia. Segundo o prefeito, ela foi abordada diversas vezes por equipes da assistência social e por entidades religiosas, mas recusou ajuda. “Ela estava em uma situação de vulnerabilidade muito difícil de ser tratada, porque não queria sair das ruas. Escolheu permanecer naquela localidade e, infelizmente, foi uma fatalidade que lhe tirou a vida”, afirmou.

Abilio também citou os esforços da gestão municipal em oferecer abrigo, alimentação e assistência na avenida das Torres, apesar das críticas quanto à localização da estrutura. “Estamos buscando a readequação para fornecer alimentação ali, para oferecer abrigo, para garantir condições mínimas. Só que ainda há quem critique.”

O prefeito mencionou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, destacando que o acordo segue entendimento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no caso de São Paulo, que chegou a determinar a entrega de barracas a pessoas em situação de rua. No entanto, frisou que essa não é a intenção da gestão municipal.

“Não vamos criar condições para que as pessoas permaneçam nas ruas. Nosso objetivo é retirá-las dessa situação, mas sem ações compulsórias. Queremos convencê-las a aceitar ajuda e buscar uma vida mais digna”, enfatizou o gestor.

Ele também criticou o que classificou como uma “romantização” da permanência nas ruas. “É muito difícil lidar com isso, não por falta de interesse, mas porque existe certa militância que defende que essas pessoas permaneçam nas ruas — consumindo drogas, comprometendo sua saúde e colocando em risco a segurança da população”, completou.

Por fim, Abilio Brunini foi categórico ao afirmar que não haverá investimento público em ações que perpetuem a situação de rua. “Então, falo isso com muita responsabilidade: não vou investir um centavo sequer para que elas permaneçam nas ruas. Todas as ações do município serão voltadas a oferecer alternativas reais para que essas pessoas possam sair dessa condição”, concluiu.

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