A polêmica em torno da possível implementação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) na avenida Couto Magalhães, em Várzea Grande, continua gerando conflito e preocupação aos comerciantes. Conforme o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), em entrevista à imprensa nessa quarta-feira (06.09), a população cuiabana também foi surpreendida pelas propostas de estender o modal pelas avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas, bem como pela rua Generoso Ponce.
Desde o início, o prefeito Emanuel Pinheiro tem defendido a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), e ele expressou sua preocupação com a situação atual, afirmando: "Não há um projeto definido, e quando falta um projeto, as improvisações surpreendem a sociedade".
Na opinião do emedebista, se os comerciantes da avenida Couto Magalhães não tivessem reagido, o mesmo desastre que ocorreu na avenida da Feb poderia se repetir, resultando em impactos negativos no comércio em Várzea Grande.
Emanuel Pinheiro ressaltou a importância da avenida Couto Magalhães como um dos principais corredores comerciais de Várzea Grande. Ele enfatizou que a reação dos empresários e da classe política local foi fundamental para iniciar discussões sobre alternativas.
O prefeito destacou que, quase uma década após a interrupção das obras do VLT, as discussões sobre alternativas só estão ocorrendo porque não existe um projeto viável para o BRT.
Emanuel Pinheiro argumentou que o BRT não pode ser implementado nas avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas, nem na rua Generoso Ponce, devido à falta de espaço, conforme proposto pelo Governo do Estado.
Ele enfatizou que tanto o VLT quanto o BRT são adequados para linhas intermunicipais, como a rota que passaria pela Prainha, avenida do CPA, Fernando Corrêa da Costa, subindo pela avenida Coronel Escolástico. O prefeito também enfatizou que os projetos estaduais não devem interferir nos planos de mobilidade urbana e transporte público das cidades.
Emanuel Pinheiro concluiu destacando a falta de planejamento e projeto adequado, enfatizando que a atual abordagem está desperdiçando recursos significativos, perdendo oportunidade de oferecer um sistema de transporte digno, sustentável, moderno e eficiente para a população, como o VLT.
O prefeito de Cuiabá havia declarado anteriormente sua busca por apoio político do Governo Federal para manter o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, apontando a indignação dos ministros com o desperdício de recursos públicos em Mato Grosso devido à mudança de modal.
Leia matéria relacionada - Prefeito diz que "quebradeira" por BRT em Cuiabá só sobre seu "cadáver"
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).