A prefeita eleita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), afirmou em entrevista ao 
que a partir de segunda-feira (02.12) vai formalizar denúncias aos órgãos de controle por enfrentar dificuldades de acesso às informações da Prefeitura pela equipe de transição.
Segundo Moretti, a equipe vem recebendo denúncias que confirmam colapso na saúde municipal, bem como denúncias de não pagamento de fornecedores. De acordo com Flávia Moretti, o atual prefeito Kalil Baracat (MDB) deixou uma dívida de precatório de mais de R$ 750 milhões junto ao Tribunal de Justiça.
“Não tem os documentos de Várzea Grande. Eu tenho informações de credores que tiveram notas empenhadas, que não foram pagas. Tenho informações avulsas da parte dos credores e não da parte da Prefeitura. Eu não tenho um relatório contábil financeiro entregue pela Prefeitura até agora”, afirmou a prefeita eleita.
Ela garantiu que irá formalizar denuncia aos órgãos de controle para expor a falta de acesso. “Vamos colocar que não estamos tendo acesso. Além disso estamos recebendo essas denúncias. Eu não dúvida que eles também não estejam recebendo, precisamos formalizar isso. Minha equipe vai se reunir segunda-feira para deliberar qual a decisão que vamos tomar diante desse fato. Nosso encaminhamento é para uma ação mais contundente referente a Prefeitura. Procurar os órgãos oficiais, o Ministério Público a Justiça”, afirmou a prefeita eleita.
Em relação às denúncias relacionadas à saúde, Flávia aponta um colapso visível. “Quem não sabe que está em colapso, o Pronto-Socorro daquele jeito, chovendo água dentro da UTI, com lixo sendo usado para pegar água. Como não está colapsado?”
Conforme Flávia Moretti, sua equipe está no escuro por falta de informações, sendo informado que a coordenadora de transição [secretária de Gestão Fazendária, Lucinéia dos Santos Ribeiro] irá disponibilizar os dados na segunda (2). “Mesmo que eu contrate uma auditoria ou que algum auditor, que na minha equipe de transição têm auditores. Mas, se eu não tiver a senha, acesso ao sistema, se eu não tiver acesso aos relatórios, se eu não tiver, eu não consigo auditar. Então, a gente está no breu”, afirmou.
A prefeita eleita também fez dois apontamentos relacionados à saúde financeira do município. Já em relação às demissões, Moretti afirmou que irá readequar a contratação de servidores até realizar processo seletivo no município.
“É complicado a situação financeira de Várzea Grande diante do que eu estou vendo. E também de prestação de serviço para a sociedade. Estamos com uma estratégia que é para justamente forçar a manutenção dos serviços essenciais, porque ele [Kalil] está cortando todos os contratos, contratos de enfermeiros, de médicos. (...) Os contratos se encerram até 31 de dezembro. Ele [Kalil] antecipou, deveria ter respeitado, mas é claro que eu assumindo a Prefeitura vamos readequar. Quanto ao número de corte, sabemos que a folha de Várzea Grande está totalmente inchada e que para respeitar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou.
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