O prefeito eleito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB) criticou a “embate político” entre a o prefeito Mauro Mendes (PSB) e a direção do Hospital de Câncer, por conta do atraso nos repasses da unidade, chegando até ser anunciada paralisação dos serviços.
A Associação Mato-grossense de Combate ao Câncer, entidade filantrópica mantenedora do Hospital aponta atrasos no montante de R$ 5,45 milhões por parte da Secretaria Municipal de Saúde para manter a unidade. A cobrança do valor tornou-se um embate judicial no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT).
“Agressão dos dois lados enquanto o cidadão padece. Já anunciei que à pasta da Saúde não aceitarei indicação política. A Secretaria de Estado de Saúde é inegociável politicamente. É desumano ver o que está acontecendo”, disse Pinheiro em entrevista ao programa O Livre, mediado pelo jornalista Augusto Nunes, na terça-feira (29.11).
Sobre o setor da Saúde, o prefeito eleito afirmou que irá otimizar recursos. “Iremos investir em controle. Hoje 50% dos atendimentos da saúde pública não são cadastrados ou glosados pelo Ministério da Saúde por erro no preenchimento. Não recebemos pelo que realizamos”, explicou.
Sobre a Prefeitura de Cuiabá, o peemedebista declarou que tem conhecimento que herdará da atual administração um resto a pagar de R$ 40 milhões.
“Com este resto a pagar e com um orçamento em retração, há uma necessidade maior de equilíbrio fiscal, da austeridade e otimização dos recursos públicos, ou seja, você fazer mais com menos e, com isso, conseguir combater gargalos, corrupção, rever contratos, enxugando a máquina”, disse.
Pinheiro disse ainda que pretende não atrasar salário e pagar a RGA dos servidões públicos. Na Saúde buscará avançar as obras do Pronto Atendimento. Da contrapartida do Governo de R$ 80 milhões foram feitos repasse de apenas R$ 15 milhões. Na área de segurança pública informa que realizará concurso para guarda municipal, criando 130 efetivos e daria posse para 65, talvez estenda isso para 2018 devido à crise.
“Já daria para criar o programa ‘Anjos da Guarda’ que atuaria junto com a Polícia Militar nas escolas dos bairros mais violentos para evitar a rota do tráfico cooptando os alunos”, descreve Pinheiro. A ‘Jornada Voluntária’ para policiais militares em horas de folga também dariam reforço à segurança.
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