O ex-presidente do PPS estadual, ex-prefeito de Rondonópolis (a 215 km de Cuiabá), Percival Muniz, considera traição sua destituição da direção do partido em Mato Grosso. Em entrevista ao oticias, Percival disse que já é “meio” acostumado com traição - e afirma que não é a “primeira vez e nem será a última”.
Segundo ele, o governo começa a preparar partidos para apoiá-lo na reeleição - e por isso ‘tomaram’ o PPS dele. Ele disse que houve uma tentativa da executiva nacional, de unir o grupo do governador com o seu grupo, mas ele deixou claro que não tinha compromisso com à reeleição de Pedro Taques (PSDB), por conta disso, a executiva nacional passou o partido para o secretário do governador. Percival disse ainda, que a Comissão Provisória estava vencida desde 30 de outubro do ano passado - e cabia à direção nacional prorrogar ou nomear novos dirigentes.
“Eles tentaram fazer um acordo. O grupo do governador indicaria a metade e eu a outra metade de membros da executiva. Mas, eu disse para o secretário, que não tinha como fazer isso, pois não tenho compromisso de apoiar à reeleição de Pedro. Eu apoiei Pedro duas vezes, para senador e para governador. E ele não me apoiou para reeleição de prefeito. Então não tenho compromisso nenhum em apoiá-lo. Por isso passaram o partido para eles, a executiva nacional tem seus motivos”, diz Percival.
Quanto à possibilidade de deixar o PPS e concorrer às eleições deste ano, Percival Muniz disse que não é seu objetivo no momento, e que apenas hoje (02) recebeu convites de pelo menos quatro partidos, mas prefere aguardar um pouco mais para depois se posicionar. "Tudo é possível, vamos aguardar mais um pouco para ver o que vai acontecer".
Entenda o caso – O PPS no Estado era comandado pelo ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, mas foi destituído pela executiva nacional do partido, que nomeou o secretário de Estado de Educação, Marco Aurélio Marrafon, junto com outros secretários e servidores do governo de Pedro Taques, por meio de uma Resolução Orgânica.
A Comissão Provisória do PPS tem 60 dias, contados a partir da publicação, para ser registrada junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). A nova direção da sigla, tem a missão de reestruturar e preparar o partido para estas eleições.
Outro lado- A reportagem do oticias entrou em contato com o secretário Marrafon, mas ele está em viagem e deve retornar à noite e não atendeu as ligações.
Resolução Orgânica nº 001/2018:
Nomeia Comissão Provisória do PPS/MT e dá outras providências.
Considerando-se a necessidade de organização e preparação dos Congressos Municipais e Estadual no Estado do Mato Grosso.
A Executiva Nacional, com fundamento no art. 30, do Estatuto do partido, RESOLVE:
Art. 1º – Nomear Comissão Provisória, com validade de 60 (sessenta) dias a partir desta dada, a ser anotada nos registros da Justiça Eleitoral, composta pelos seguintes membros:
PRESIDENTE: Marco Aurélio Marrafon – Título Eleitoral: 13482851880
1º – VICE-PRESIDENTE: Francisco Wagner L. Simplício – Título Eleitoral: 13747661856
2º – VICE-PRESIDENTE: Werley Silva Peres – Título Eleitoral: 31168501074
SECRETÁRIO GERAL: Valdir Adão Macagnam Jr. – Título Eleitoral:: 02732531805
1º – SECRETÁRIO GERAL: Luciana Serafim da Silva – Título Eleitoral: 13036491813
TESOUREIRO: José Adolpho de L. A. Vieira – Título Eleitoral: 13026941813
1º – TESOUREIRO: Jurandir Antonio Francisco – Titulo Eleitoral: 13218541899
Art. 2º – Encaminhar o pedido de anotação da Comissão Provisória à Justiça Eleitoral.
Brasília, 01 de fevereiro de 2018.
Roberto Freire
Presidente Nacional do PPS
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