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Política Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 11:45 - A | A

Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 11h:45 - A | A

grampos ilegais

Paulo Prado pode responder por peculato se comprovado sumiço da placa do Gaeco em sua gestão

Larisssa Malheiros-VG Notícias

VG Notícias

Paulo Prado

Procurador de Justiça, Paulo Prado

O procurador de Justiça, Paulo Prado, poderá responder por crime de peculato se ficar comprovado que ele se apropriou da placa da empresa wytron, usada no sistema de escuta do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado-Gaeco e posteriormente empregada para as interceptações ilegais.

Segundo depoimento do cabo da Polícia Militar, Gerson Corrêa, acusado de participação nos grampos ilegais cometidos em Mato Grosso, a placa teria sido desativada do sistema do Gaeco e entregue nas mãos do procurador no início de 2012. Ainda, de acordo com o militar, foi o próprio Prado quem pediu a placa, e não fez nenhuma expedição de ofício, nada que legalizasse a posse.

Gerson relatou, que após entregar as placas para Prado foi rever este material em 2014, quando foi entregue a ele pelo coronel Zaqueu Barbosa para implantar o sistema de escutas ilegais. Ele não soube responder o caminho que a placa tomou para voltar para suas mãos, mas identificou que se tratava da mesma placa, confirmado pela empresa wytron.

Ele também lembrou, que em 2012, quando Prado era coordenador do Gaeco, ele era analista de interceptação do Gaeco e o coronel Evandro Lesco ( também réu na ação militar que investiga os grampos) coordenador-adjunto militar do Gaeco. Na ocasião, as placas ficavam sob a custódia do Departamento onde atuava e por isso lembra bem de ter feito a entrega delas para Prado.

De 2012 até 2014, época em que iniciou os grampos ilegais, passaram quase dois anos e meio. Na versão de Zaqueu, essas placas chegaram ao seu conhecimento por meio de um coronel da PM, já falecido. Ele não cita Prado como intermediador das placas.

No entanto, o fato é que se comprovada que essas placas realmente foram entregues a Prado e ficaram sobre sua posse durante os dois anos e meio, voltando à atividade de forma ilícita, por meio das interceptações ilegais, ele poderá responder por “peculato” (crime que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda; abuso de confiança pública).

O procurador, que atualmente está entre os membros do Ministério Público investigados nos casos de "barriga de aluguel" e uso de verbas secretas, disse que a versão do cabo e do coronel é conflitante quando descrevem a ligação com a placa. No entanto, Gerson afirma categoricamente que entregou a placa usada para os grampos ilegais nas mãos de Prado, anos antes dos grampos ilegais, mas Zaqueu diz que recebeu de um coronel falecido.

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