O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse que não há previsão de quando será lido o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os institutos de pesquisas eleitorais - chamada de CPI das Pesquisas -, e que foi apresentado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).
Marcos do Val protocolou pedido para investigar “expressivas discrepâncias” entre resultados de pesquisas de intenção de votos e o resultado das urnas na eleição do primeiro turno. Segundo ele, as variações entre os realizadores dessas apurações prognósticas, constatou-se “inaceitáveis desvios de balizamento de preferências e percentuais de diversos candidatos, mesmo em aferições de véspera dos pleitos”.
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Segundo ele, ficou combinado entre os senadores que nenhuma CPI funcionaria ao longo do período eleitoral para que não virassem palanques dos candidatos à Presidência da República: Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“A leitura pode ser antes, mas a instalação, por acordo de líderes, nós ficamos de fazer após o período eleitoral. Todo o requerimento que chega a gente pede um parecer da Procuradoria do Senado, da Consultoria, após isso levamos para a leitura no Plenário”, disse o senador.
Pacheco ainda acrescentou que existem outros pedidos de CPIs no Senado aguardando ser analisados pelos senadores e que alguns inclusive já foram lidas como, por exemplo: CPI do MEC [defendida pela oposição para investigar suspeitas de irregularidades no Ministério da Educação sob a gestão de Milton Ribeiro]; e CPI das ONGs/Amazônia [para investigar índices de queimadas e desmatamentos na Amazônia].
“Há outras CPIs prontas para serem instaladas, mas nós vamos precisar ultrapassar o período eleitoral para, então, eventualmente, serem instaladas. CPI, qualquer que seja ela, no Senado Federal, só depois das eleições”, encerrou.
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O pedido de CPI no Senado conta com 29 assinaturas, duas a mais que o mínimo necessário, para instauração da Comissão no Senado. Entre os que assinaram o pedido consta os senadores de Mato Grosso, Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL).
Importante destacar que também há na Câmara dos Deputados uma articulação para a abertura de uma CPI sobre os institutos de pesquisas eleitorais. Contudo, o grupo reuniu apenas cerca de 100 das 171 assinaturas necessárias para a Comissão até agora.
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