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Política Domingo, 16 de Outubro de 2022, 08:23 - A | A

Domingo, 16 de Outubro de 2022, 08h:23 - A | A

depois das eleições

Para não favorecer Bolsonaro e Lula, Senado desiste de investigar escândalo no MEC e pesquisas eleitorais

Senado deve discutir CPI após fim do período eleitoral, disse Rodrigo Pacheco

Lucione Nazareth/VGN

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse que não há previsão de quando será lido o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os institutos de pesquisas eleitorais - chamada de CPI das Pesquisas -, e que foi apresentado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Marcos do Val protocolou pedido para investigar “expressivas discrepâncias” entre resultados de pesquisas de intenção de votos e o resultado das urnas na eleição do primeiro turno. Segundo ele, as variações entre os realizadores dessas apurações prognósticas, constatou-se “inaceitáveis desvios de balizamento de preferências e percentuais de diversos candidatos, mesmo em aferições de véspera dos pleitos”.

Leia Mais - Com assinaturas de Jayme e Fagundes, senador protocola pedido de CPI para investigar pesquisas eleitorais

Segundo ele, ficou combinado entre os senadores que nenhuma CPI funcionaria ao longo do período eleitoral para que não virassem palanques dos candidatos à Presidência da República: Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A leitura pode ser antes, mas a instalação, por acordo de líderes, nós ficamos de fazer após o período eleitoral. Todo o requerimento que chega a gente pede um parecer da Procuradoria do Senado, da Consultoria, após isso levamos para a leitura no Plenário”, disse o senador.

Pacheco ainda acrescentou que existem outros pedidos de CPIs no Senado aguardando ser analisados pelos senadores e que alguns inclusive já foram lidas como, por exemplo: CPI do MEC [defendida pela oposição para investigar suspeitas de irregularidades no Ministério da Educação sob a gestão de Milton Ribeiro]; e CPI das ONGs/Amazônia [para investigar índices de queimadas e desmatamentos na Amazônia].

“Há outras CPIs prontas para serem instaladas, mas nós vamos precisar ultrapassar o período eleitoral para, então, eventualmente, serem instaladas. CPI, qualquer que seja ela, no Senado Federal, só depois das eleições”, encerrou.

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O pedido de CPI no Senado conta com 29 assinaturas, duas a mais que o mínimo necessário, para instauração da Comissão no Senado. Entre os que assinaram o pedido consta os senadores de Mato Grosso, Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL).

Importante destacar que também há na Câmara dos Deputados uma articulação para a abertura de uma CPI sobre os institutos de pesquisas eleitorais. Contudo, o grupo reuniu apenas cerca de 100 das 171 assinaturas necessárias para a Comissão até agora.

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