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O governador do Estado Pedro Taques (PSDB), em coletiva à imprensa nesta quarta (20.09), disse respeitar o Poder Judiciário, mas não as decisões parciais como as proferidas pelo desembargador Orlando Perri, no caso dos grampos ilegais, que ficou conhecido nacionalmente como “grampolâdia pantaneira”.
Perri determinou na tarde de hoje, o afastamento do secretário de Estado de Segurança Pública, delegado Rogers Jarbas e lhe impôs o uso de tornozeleira eletrônica.
“Todas as decisões que o desembargador Orlando Perri tomou neste caso, foram decisões judiciais esdrúxulas, esquisitas do ponto de vista judicial e serão rebatidas no foro e local apropriado, este é o ponto, todas com parecer contrário do Ministério Público” declarou.
Para Taques, as decisões de Perri, relacionadas à “grampolândia”, são vinganças por ele ter sido representado pelo secretário de Estado de Justiça, coronel Siqueira, por grampo ilegal.
“A resposta do por que ele está fazendo isso, é que a partir do instante que o secretário de Justiça Siqueira representou contra o senhor Orlando Perri por grampo ilegal, através do advogado Paulo Taques, o senhor Orlando Perri perdeu a sua imparcialidade, que repito é um direito constitucional do cidadão” disse.
O governador destacou que “decisões judiciais se cumprem, mas, que não irá aceitar perseguições aos seus secretários, bem como não aceitará recados”. “Decisão judicial se cumpre, mesmo as absurdas, porque nos vivemos em um Estado Democrático de Direito, eu seria o último a pedir que uma decisão judicial não se venha a cumprir. Agora, na democracia, as decisões judiciais se debatem sim, porque já passou o tempo em que o cidadão tinha medo de magistrados, pessoas sérias, devem respeitar a magistratura, mas não deve ter temor, receio da magistratura, a magistratura do Estado de Mato Grosso é séria, é descente, mas a decisão do senhor Orlando Perri merecerá os recursos judicias apropriados, inclusive no Conselho Nacional de Justiça, porque ele está se alvorando a delegado de polícia, alvorando a membro do Ministério Público de Mato Grosso”.
Segundo ele, foi pego de “surpresa” com a decisão cautelar de Perri, que determinou o afastamento de Rogers. “Nós todos hoje fomos apanhados de surpresa com essa decisão cautelar do senhor Orlando Perri, que determina o afastamento do delegado de Policia Roges, da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. Mas, isso já era propagandeado em várias rodas de conversas, inclusive pelo senhor Orlando Perri, de que ele iria prender secretários de nosso governo. Inclusive, ele já propagou que irá prender mais dois secretários de nosso governo, e isso em rodas, em festas, em convescotes, queria deixar isso expresso” criticou.
Do ponto de vista jurídico, a decisão de Perri foi considerada como absurda por Taques. “Quero dizer que a decisão do senhor Orlando Perri é absurda do ponto de vista jurídico, uma vez que do fato que eu tenha me tornado político não me faz de idiota para esquecer tudo que estudei. A decisão dele é absurda do ponto de vista constitucional, aliás, como toda essa pseuda investigação denominada grampolândia, eu quero dizer que o coronel Zaqueu, coronel Lesco e Barros estão presos em razão dessa investigação, quero ressaltar que são pessoas sérias, pessoas descentes que estão a sofrer este tipo de retaliação, sem falar, no ex-secretário Paulo Taques, que foi preso por uma semana em razão do juiz acusador chamado desembargador Orlando Perri” falou.
Taques ainda completou: “pior do que criminoso é o magistrado que se vale do seu poder e entre o princípio da imparcialidade, o cidadão tem o direito constitucional a não ser investigado, ser acusado por magistrado. O magistrado deve se colocar longe das paixões, longe das investigações, caso contrário, ele se compromete psicologicamente com a causa, ele se compromete o que se denomina de capacidade subjetiva, o magistrado não pode ser investigador, acusador, é um direito constitucional do cidadão” ressaltou.
Ao finalizar, o tucano ainda questionou: “Onde estava o senhor Orlando Perri, como presidente do Tribunal de Justiça, quando uma quadrilha se adonou do Estado de Mato Grosso e ele não mandou prender nenhum secretário de Estado da administração passada? Onde ele estava? Na Presidência do Tribunal de Justiça, mas, não viu e não ouviu, e agora, com todo esse rompante. Qual é o pecado de nosso governo? Querem nos acusar de corruptos, mas não conseguem, porque não somos corruptos, querem inviabilizar nossa administração. Todas as prisões e afastamento de membros de nosso governo neste famoso caso de grampolândia, partiram de representações ou pelo promotor de justiça Mauro Zaque ou pelo desembargador Perri em uma investigação que está sendo questionada pelo MPE a competência judicial do doutor Perri, isso esta sendo discutido”. pontuou. Confira entrevista na íntegra.
Outro lado - O desembargador Orlando Perri disse que não vai comentar as declarações do governador Pedro Taques.
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