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Política Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024, 15:40 - A | A

Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024, 15h:40 - A | A

Interferência na Câmara

"Não vou entregar a Mesa para o Comando, Fávaro e Botelho", diz Abilio

Abilio disse que esses vereadores vão segurar proposta em troca de manter indicações

Gislaine Morais & Adriana Assunção/VGN

O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (06.11), que não entregará a Mesa Diretora da Câmara Municipal para o Comando Vermelho, nem para o ministro Carlos Fávaro, e nem para o deputado Eduardo Botelho (União). Segundo o bolsonarista, fechando ou não acordo com a mesa, demitirá todos os servidores indicados por vereadores ligados ao grupo citado por ele.

Antes de assumir o Palácio Alencastro, Abilio já prevê que esses vereadores que querem assumir o comando da mesa pretendem segurar as propostas e projetos do Executivo em troca de manter contratos e indicações, pois caso contrário vão impedir que a nova gestão consiga avanços nos projetos.

“Eu já deixo de antemão, ao assumir a Prefeitura, com eles na mesa ou não, eu vou romper, sim, os contratos que eles estão fazendo agora. Se eles ganharem a mesa, será guerra e nós enfrentaremos a guerra, porque eu não entregarei a mesa”, frisou Brunini.

Questionado se o “comando” se trata uma facção criminosa, Brunini disse que já tem um vereador policial federal [Rafael Ranalli (PL)] respondendo sobre isso.

O prefeito eleito mencionou se os parlamentares não querem o nome da Paula Calil para comandar a Mesa e quiserem o nome da Michelly Alencar, Maysa Leão, não tem problema. Contudo, enfatizou que não cederá à pressão, nem aceitar faca no pescoço, muito menos negociar com aqueles que estão do lado errado, ou seja, ao lado do comando, Fávaro e Botelho.

Indagado se a escolha da Mesa Diretora não seria uma prerrogativa para ser resolvida no âmbito do parlamento e não do prefeito, Abilio salientou que quando “forças” externas estão trabalhando para tentar conquistar o parlamento, tentar coagir, cooptar ou tentar colocar a faca no pescoço do prefeito para que ele não tenha uma gestão correta nos primeiros anos, ele [prefeito eleito] precisa intervir.

“Tenho que intervir, eu tenho que ir lá conversar com eles. Não é uma invasão de Poder de jeito nenhum, é uma defesa. Imagina eu como prefeito, uma das primeiras mudanças que a gente quer fazer a gente, quer revogar algumas taxas, revogar alguns projetos aprovados, aí mando para Câmara e alguns vereadores poderão segurar para tentar negociar comigo. Não farei esse tipo de negociação”, finalizou Abilio Brunini.

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