A deputada indígena Silvia Waiãpi (PL) fez uma fala transfóbica nessa terça-feira (11.04), durante seu discurso em defesa da sua identidade, na Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados. Silvia rebateu a fala do deputado Dorinaldo Malafaia (PDT).
Dorinaldo classificou a atitude de alguns parlmentares como “estelionato”, pois, conforme ele, diversos parlamentares falam sobre representatividade indígena, mas não representam nada. “Lamento que haja algum tipo de constrangimento quando os indígenas estão aqui se posicionando e relatando sua posição. Vamos combater qualquer estelionato que venha de qualquer deputado e deputada que fale que representa e não representa”, enfatizou Malafaia.
Em defesa de sua identidade e cultura, Silvia afirmou que não precisa do reconhecimento dele e nem deve satisfação de quem ela é para ninguém, além de seus pais e irmãos, que, conforme ela, são os únicos que devem reconhecer sua identidade.
Porém, em seguida, a parlamentar disse que ela é obrigada a aceitar uma pessoa que se declara mulher, mesmo sendo biologicamente do sexo oposto, mas que ela não é aceita.
“Os senhores querem que eu aceite alguém que se autodeclara mulher, sem ser mulher, biologicamente homem e eu sou obrigada a aceitá-lo. Mas não querem me aceitar”, disse a deputada. De imediato, diversos parlamentares vaiaram a resposta.
A deputada Fernanda Melchiona (PSOL), se manifestou dizendo que todos tem o direito de falar, mas que a transfobia é crime e não poderiam aceitar essa atitude. “A deputada tem todo o direito de falar no tempo de liderança, mas transfobia é crime e não vamos aceitar em silêncio. Crime não”.
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