O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou nesta terça-feira (25.07) um comunicado no qual informa ter ocupado a fazenda do Grupo Amaggi, que pertencente à família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), localizada às margens da BR 163, no município de Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá).
De acordo com o MST, a ocupação da fazenda faz parte da “jornada nacional de luta pela reforma agrária” que tem como lema "Corruptos, devolvam nossas terras!".
No comunicado, o movimento questiona a origem da fortuna da família de Maggi, que segundo a revista Forbes de 2014, ocupava o sétimo lugar no ranking entre as famílias mais bilionárias do Brasil, com uma fortuna estimada em 4,9 bilhões de dólares.
“Quanto à origem dessa fortuna há várias possibilidades, entre elas, a apropriação indevida de recursos públicos tendo em vista o forte poder econômico e político que o grupo AMAGGI exerce sobre a política local e nacional, bem como da apropriação de terras públicas como é a situação da fazenda Nossa Senhora Aparecida no município de Jaciara”, diz trecho do comunicado.
O MST ainda cobra esclarecimentos sobre a aeronave interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB) em junho, carregada de entorpecentes que teria decolado de uma pista localizada na fazenda Itamarati, arrendada pela AMAGGI, além de questionar se o Maggi pode estar envolvimento no fato.
“Além disso, o MST pede esclarecimento sobre o avião apreendido pela polícia, com mais de meia toneladas de drogas, que segundo a FAB, decolou da fazenda Itamarati de propriedade do Ministro Blairo Maggi, gerando no mínimo suspeitas sobre o envolvimento do atual ministro já que nos últimos tempos o agroédroga o agro é sinônimo de corrupção”, diz outro trecho extraído do comunicado.
Além disso, o Movimento acusa o ministro de atual junto ao Ministério da Agricultura em prol de “garantir condições necessárias para o desenvolvimento das suas fazendas e do agronegócio”.
“O ministro tem apoiado através da bancada ruralista no senado e da maioria da bancada federal do Estado do Mato Grosso as contrarreformas trabalhistas e previdenciária provocando um retrocesso histórico nas condições de trabalho e previdenciária da classe trabalhadora”, encerrando o comunicado.
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