O Ministério Publico Estadual (MPE), por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO – CÍVEL) requereu nesta sexta-feira (27.04) o afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) acusado de envolvimento no esquema de propina delatado pelo ex-governador, Silval Barbosa.
Além do afastamento, o MPE requereu a indisponibilidade dos bens do gestor. O órgão também cita na ação civil Pública a ex-deputada, Luciane Bezerra, atual prefeita de Juara, e o ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf.
O Ministério Público afirma que Emanuel não reúne os requisitos morais necessários para continuar no exercício da função de prefeito da Capital, já que o cargo ocupado lhe permite acesso a uma posição em que poderia causar grandes danos à sociedade que representa.
“Além disso, tal posição lhe permite acesso a uma série de entraves que poderiam vir a prejudicar a instrução processual e o desenvolvimento do processo judicial”.
O pedido é baseado no flagrante de Pinheiro recebendo suposta propina do ex-assessor de Silval Barbosa, Silvio Corrêa, na época que era deputado estadual.
Nas imagens divulgadas pela delação no final de 2017, Pinheiro aparece guardando notas de dinheiro em seu paletó e em maletas.
Com as duas novas ações, sobe para 13 o número de agentes políticos já acionados pelo Ministério Público, acusados de integrarem organização voltada para a prática de atos ilícitos consistentes na cobrança de propinas de empresários, fraudes em procedimentos licitatórios, extorsões e outras condutas voltadas para a captação irregular de recursos do Programa MT Integrado e de obras da Copa do Mundo de 2014. Ainda existem inquéritos em andamento e mais ações poderão ser propostas.
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