O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro filiou-se nesta quarta-feira (10.11) ao Podemos mirando as eleições presidenciais de 2022. Em seu primeiro discurso político, Moro defendeu o fim do foro privilegiado e da reeleição para cargos no executivo.
Sem alfinetar de forma direta possíveis adversários políticos, o ex-juiz afirmou que jamais usará o Brasil para “ganho pessoal”, e que a população pode confiar nele. “Jamais usarei o Brasil para ganho pessoal. Vocês sabem que podem confiar que eu sempre vou fazer a coisa certa. Ninguém irá roubar o futuro do povo brasileiro. Estou, portanto, recomeçando hoje, à disposição de vocês, por um Brasil justo para todos”, declarou Moro.
Pensando nisso, ele propôs como bandeira política que terá como meta a “eliminação de dois privilégios da classe dirigente”. “O fim do foro privilegiado que trata o político ou a autoridade como alguém superior ao cidadão comum, e o fim da reeleição para cargos no executivo”, disse.
Segundo ele, é preciso combater ainda mais a corrupção e que esse projeto “não é de vingança ou de punição”, mas sim um “projeto de justiça na forma da lei”. “Chega de corrupção, chega de mensalão, chega de Petrolão, chega de rachadinha. Chega de querer levar vantagem em tudo e enganar a população”, disparou o ex-magistrado.
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Moro garantiu que na construção do projeto político irá ouvir as ideias de todos, e que será focado na reconstrução do Brasil, sendo que umas das prioridades será erradicar a pobreza e acabar de vez com a miséria. “Isso já deveria ter sido feito anos atrás. Para tanto, precisamos mais do que programas de transferência de renda como o Bolsa-Família ou o Auxílio-Brasil”, pontuou.
Ele ainda afirmou que é preciso proibir o desmatamento e as queimadas ilegais na região da Amazônia, assim como “cuidar da defesa nacional”, valorizando as Forças Armadas, e “jamais utilizá-las para promover ambições pessoais ou interesses eleitorais”. “As forças armadas pertencem aos brasileiros e não ao governo”, afirmou Moro.
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