O ministro da Educação, Camilo Santana afirmou em entrevista à imprensa nessa quinta-feira (26.05), que antes de anunciar novas obras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá retomar as 71 paralisadas em Mato Grosso. O ministro anunciou R$ 4 bilhões para retomar um passivo de 3600 obras inacabadas e paralisadas no Brasil.
“Para anunciar novas obras, precisamos resolver esse passivo, são 1300 creches que já poderão ser entregues a crianças no Brasil inteiro, sendo que a grande maioria das obras são dos municípios. Estou aqui pedindo o apoio do governador para que ele possa liderar esse processo junto aos prefeitos. São 71 obras, R$ 76 milhões estarão disponíveis aos municípios de Mato Grosso, essas informações são atualizadas pelos municípios no sistema do MEC”, declarou Camilo Santana.
Ele garantiu que os recursos para continuidade nessas obras já estão garantidos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, transferidos aos municípios. “O MEC já pagou em recursos esse ano, mas do que todo ano passado do FNDE. Todas as prestações atrasadas nós colocamos em dia, estamos com recursos próprios garantidos todos os pagamentos das obras, para que nenhuma obra da Educação paralise neste país”, destacou o ministro.
As evidências mostraram que não é esse o ensino (cívico-militar), que tem trazido resultado para a Educação no Brasil
Camilo Santana também destacou a liberação de R$ 3 milhões para recomposição orçamentária para ampliação das universidades federais e os R$ 4 bilhões para o Programa Tempo Integral. Segundo o ministro, o Estado terá o papel de coordenar “o grande pacto” pela alfabetização. O “movimento pela alfabetização na idade certa no Brasil” inclui avaliação, formação, gestão, material didático, premiações nacionais e internacionais.
“Esse é o start inicial, não anunciamos nem valores, então, ainda vamos anunciar os valores, mas tudo foi estudado pactuado e coordenado com os Estados. O Estado terá o papel de coordenar no município esse grande pacto pela alfabetização”, declarou o ministro.
Já sobre o sistema de escolas militares, o ministro afirmou não ser estratégia do Ministério da Educação o sistema. Ele afirma que em relação ao programa criado pelo último Governo (Jair Bolsonaro) não é evidências nenhuma de resultado das escolas cívico-militares, sendo apenas 216 escolas em 138 mil das escolas de Educação Básica em todo país. Ele destacou que a estratégia do Ministério é fortalecer o tempo integral, fortalecer as escolas profissionalizantes, garantir a alfabetização na idade certa, garantir escolas conectadas e apoiar os jovens para não abandonar a escola.
“As evidências mostraram que não é esse o ensino, que tem trazido resultado para a Educação no Brasil. Vou dar um exemplo do meu Estado, as 100 melhores escolas públicas do Brasil 87 são do meu Estado, nenhuma é militar. Claro, que os Estado e municípios têm autonomia para tomas suas decisões. Vamos apostar no modelo que tem trazido resultado não só no Ceará, em Pernambuco, no Espírito Santo em vários Estados do Brasil e municípios brasileiros. Não vamos inventar roda”, declarou.
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