De acordo com a vereadora Michelly Alencar (União), as Unidades Básicas de Saúde (UBS) já começaram a ser vistoriadas pela Comissão de Saúde da Câmara e estão sendo equipadas para garantir que possam atender à demanda espontânea da população. Cuiabá enfrenta um surto de arboviroses e teve um aumento exponencial de casos das doenças.
“Nós temos um problema de desestrutura nas unidades básicas de saúde que está sendo enfrentado com a compra de medicamentos, insumos básicos e aquelas unidades em que os médicos estavam de férias ou de atestado, eles já estão sendo substituídos”, afirmou.
Ainda segundo a vereadora, a razão que justificaria que a população não pudesse ser atendida nas unidades não é a incapacidade de elas realizarem os atendimentos, mas sim a falta de estrutura adequada.
Em 23 de janeiro, o prefeito Abílio Brunini (PL) decretou Situação de Emergência em Saúde Pública devido ao surto de arboviroses, reforçando que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) foram orientadas a absorver a demanda espontânea de pacientes. No entanto, a medida gerou controvérsias, especialmente com o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), que, em nota, destacou a falta de estrutura adequada nas UBS para o atendimento de urgências e emergências.
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Paciente morre após buscar atendimento de urgência em UBS de Cuiabá
Michelly também ressaltou que as orientações para que pessoas com sintomas de arboviroses (dengue, zika e chikungunya) procurem as unidades de saúde estão alinhadas com as recomendações do Ministério da Saúde.
No final do mês passado, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, Zika e chikungunya é agora”, orientando a população a procurar uma UBS assim que surgirem os primeiros sintomas das doenças. A campanha foi direcionada a diversos estados, incluindo Mato Grosso.
No último dia 31, uma mulher de 41 anos, com suspeita de dengue, faleceu ao ser internada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), após buscar primeiro atendimento em uma UBS. Profissionais que participaram do atendimento relataram que a unidade não possuía os equipamentos e insumos necessários para realizar um atendimento de urgência adequado. Uma sindicância foi instaurada para apurar o caso.
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