O governador Mauro Mendes (DEM) declarou que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), “vai ter que explicar muita coisa para a população” ao longo deste ano, principalmente em razão das eleições municipais. A fala de Mendes ocorreu durante uma entrevista a uma rádio da Capital, na manhã desta sexta-feira (24.01).
“Ele [Emanuel Pinheiro] vai ter um grande debate, vai ter que explicar muita coisa para a população. Vão ter as eleições e eu não sei se ele vai ou não ser candidato, mas ele vai ter oportunidade de se explicar. Em uma eleição as falsas verdades vêm à tona”, declarou.
Mendes disse que essas explicações serão a respeito de “escândalos que estão pipocando na Prefeitura”, bem como quanto aos inquéritos abertos pelo Ministério Público Estadual. “Essa semana eu vi abrindo inquérito de investigação, toda hora o MPE abre um inquérito. Eu espero, eu tenho certeza, que o MPE será diligente para poder dar respostas claras à sociedade”.
Ele ainda relembrou do período de campanha eleitoral para as eleições municipais de 2016, quando Emanuel foi eleito prefeito da Capital. Segundo Mendes, à época, foi comentado sobre um esquema de corrupção em que Emanuel supostamente estaria envolvido. “Quando ele enfrentou o Wilson Santos, foi falado lá, por exemplo, de um esquema de corrupção que envolvia ele, uma empresa e um pagamento de propina”.
Ainda, de acordo com Mendes, outra explicação terá que ser a respeito do fechamento da Santa Casa de Cuiabá. “Era uma responsabilidade da prefeitura”, afirmou o governador.
“Ele vai ter a oportunidade de fazer todos esses debates, das obras que estão paradas no município, por que tem fornecedores com até oito meses sem receber, quando eu entreguei para ele uma Prefeitura com todos os fornecedores em dia. Então ele vai ter oportunidade de fazer o debate dele e não sou eu que vou entrar nesse mérito”, concluiu.
A discussão a respeito desse assunto se iniciou quando comentaram, na entrevista, sobre uma proposta feita pela Prefeitura de Cuiabá ao Governo do Estado, onde Emanuel Pinheiro sugeriu que o Governo ficasse com o prédio da antiga Secopa, enquanto a Escola Estadual Professor Nilo Póvoas passaria a ser administrada pelo município.
Aliás, o fechamento da escola Nilo Póvoas também foi debatido pelo governador. Durante a entrevista ele afirmou que o fechamento deu-se em razão do pequeno número de alunos matriculados na instituição. Conforme explicou, esses alunos serão transferidos para a Escola Estadual Antônio Epaminondas, também localizada no centro de Cuiabá.
“A Epaminondas é uma escola que tem capacidade, se eu não me engano, para 350 alunos, e tem lá 220 alunos. Então o que é lógico? Nós pegamos esses 94 [alunos matriculados no Nilo Póvoas] e transferimos para uma escola que tinha vaga, ali do lado, para fazer o mesmo papel”.
Ainda, segundo ele, nas dependências da Nilo Póvoas irá funcionar uma unidade de educação inclusiva. “O Nilo Póvoas não vai ser fechado, simplesmente vai deixar de ser atendido nesta modalidade e vai ser dado uma outra destinação. Inclusive nós temos escolas que hoje nós alugamos o prédio. Tem uma escola que a gente paga R$ 25 mil reais por mês de aluguel. A gente vai parar de pagar esse aluguel e transferir essa unidade de educação inclusiva para dentro do Nilo Póvoas”, finalizou.
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