O presidente do Diretório Municipal do MDB, Francisco Faiad afirmou em entrevista nesta quinta-feira (25.07), que o governador Mauro Mendes (União) não tem mais interesse em manter o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em seu Governo e que, com isso, o partido deve migrar para a oposição.
A declaração indica que devem desembarcar do Governo Mendes quatro deputados estaduais do MDB, Juca do Guaraná Filho, Janaina Riva, Dr. João e Thiago Silva.
O estopim da crise com o MDB foi após a exoneração do ex-secretário de Agricultura Familiar (Seaf), Luluca Ribeiro (MDB). A demissão do então secretário foi após o ex-deputado José Riva, ameaçar colocar a filha, a deputada Janaina Riva (MDB) na oposição.
“Pela atitude dele [Mauro Mendes], ele está demonstrando que não tem interesse mais em ter o MDB em seu Governo”, declarou Faiad em entrevista ao Jornal da Cultura.
O desembarque do MDB não deve atingir os emedebistas Rafael Bastos e Juliano Jorge Boraczynski, que comandam o Polo Tecnológico de Várzea Grande e a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), respectivamente.
Segundo Faiad, Bastos tem uma relação próxima ao governador e Juliano Jorge é possivelmente uma indicação dos irmãos Campos.
“O Rafael é muito mais uma indicação pessoal do governador Mauro Mendes do que partidária. E Juliano Jorge não foi indicado pelo MDB, a relação dele é com os Campos. E por ser irmão do deputado estadual Romoaldo Junior, falecido. A indicação dele deve ter partido ou do senador Jayme Campos ou do deputado Júlio Campos, mas não do partido”, garantiu.
Demissão de Luluca Ribeiro
Sobre a informação que apontam irregularidades na liberação de emendas superfaturadas na gestão do ex-secretário Luluca Ribeiro. Segundo Faiad, o ex-secretário desconhece a informação de que a Controladoria Geral do Estado (CGE) abriu um processo de investigação para apurar supostas irregularidades.
“O secretário Luluca Ribeiro e os adjuntos que foram exonerados não conhecem absolutamente nada dessa alegação de CGE, inclusive estranhamente saiu publicado em alguns órgãos, que estaria em andamento uma operação policial pelo Gaeco por conta de ações praticadas no âmbito da Secretaria. Engraçado que ações policiais acontecem sem aviso prévio”, declarou o secretário.
Francisco Faiad apontou que a CGE tem o dever de investigar todas as ações do Governo, no entanto, outros investigados como o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo e a secretária-adjunta de Gestão Hospitalar, Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, não sofreram com a pena de demissão.
“Agora, essa justificativa, tornada pública, sem manifestação prévia aos membros do partido é que causa estranheza”, declarou.
Leia também: MST cobra orçamento para Reforma Agrária em Mato Grosso
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).