O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (27.04) destacou seu bom relacionamento com o presidente da República Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, mas salientou que "seu bom relacionamento" não significa que concorde com todas as falas ou ações do presidente, mas disse que vê como “boas” as possibilidades de caminhar com Bolsonaro nas eleições deste ano.
“Com o presidente tenho procurado sempre ter um bom relacionamento, concordo com muitas coisas que ele fala ou faz, mas também discordo de algumas, como é natural que assim seja, assim como algumas pessoas discordam de mim. Estou construindo um projeto de possível candidatura e ele já se colocou como um possível candidato. O diálogo continua até as convenções, mas existe boas chances caminharmos juntos”, declarou Mendes.
Questionado sobre a declaração do aliado, o deputado federal Carlos Bezerra (MDB) segundo a qual "o governador apoia quem achar conveniente", levando ao entendimento de uma aproximação por “conveniência”, o governador se irritou. “Eles estão dizendo, eles são os meus interlocutores, eu não me lembro de ter nomeado ninguém como meu porta-voz. Então, se tem alguém dizendo algo por mim, está conversando fiado, está mentindo.” (Clique e leia a veja matéria relacionada)
Ele também comentou as declarações do aliado, o deputado estadual Max Russi (PSB) e do correligionário, o senador Jayme Campos (União Brasil), que consideraram que ele e Bolsonaro estariam 100% para as eleições de outubro.
“É natural que as pessoas façam sua interpretação. Eu já disse e vou repetir aqui que o PT sempre foi meu adversário aqui no Estado. Eu virei prefeito de Cuiabá enfrentando o PT nas urnas, virei governador de Mato Grosso e o PT não me apoiou. Hoje o PT, com dois deputados [Valdir Barranco e Lúdio Cabral,] são oposição ao governo na Assembleia Legislativa. Então, estou mais distante deste campo, que qualquer outro campo”, argumentou o governador.
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Mauro explicou, entretanto, que a oposição que o PT faz, mesmo respeitosa, afasta a probabilidade de aliança com o partido embora tenha feito elogios dos parlamentares - dentro do respeito - e elogiou a atuação da deputada federal a Rosa Neide, também PT.
“Tenho muito respeito pela Rosa Neide, a quem considero uma excelente deputada federal, até me relaciono bem, porque o PT faz um tipo de oposição que chamo de oposição necessária, decente, correta e não tem problema nenhum, são adversários políticos, não tenho com nenhum deles nenhum tipo de problemas pessoais. Recebi o Barranco várias vezes como presidente do partido. Então, um diálogo respeitoso, mas é de oposição. Assim, é natural que estejamos mais próximos de Bolsonaro do que Lula”, encerrou.
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