Um dos representantes do setor do agronegócio em Mato Grosso, o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Antônio Galvan, em entrevista ao oticias nesta quarta-feira (07.11), afirmou que Mauro Mendes (DEM) precisa ter bom senso, e avaliar que a taxação não resolve o problema do Estado.
“Primeiramente somos contrários a qualquer tipo de taxação, porque, o governante que vem com esse propósito não quer resolver problemas. Mauro Mendes como empresário que sempre criticou taxação, tem conhecimento que não resolve, se resolvesse Mato Grosso do Sul não teria mais problemas financeiros”, pontuou Galvan. Leia Mais: Mendes não descarta taxação do agronegócio para aumentar receita do Estado
Ao citar Mato Grosso do Sul, Galvan respondeu aos argumentos do senador eleito Jayme Campos (DEM), que sugeriu a Mendes, para criar uma lei em que 35% dos produtos produzidos pelo agronegócio sejam comercializados internamente, como ocorre em Mato Grosso do Sul.
“Querem citar Mato Grosso do Sul, então, eu pergunto se resolveu o problema da dívida de Mato Grosso do Sul resolveu?. O Estado está lá, com os mesmos problemas que Mato Grosso, então não resolveu”, afirmou.
Sobre as declarações de Jayme Campos que criticou os “barões” do agronegócio, dizendo que os mesmos estariam praticando “estelionato” contra o Estado ao deixarem de pagar milhões em impostos, Galvan preferiu não responder, mas, assegurou que os impostos pagos pelo setor estão disponíveis a sociedade.
“Não quero criticar ninguém, não vou mais perder tempo para responder eles (Jayme Campos e Carlos Bezerra), eu acho que é uma ignorância tudo que está se colocando, os estudos estão disponíveis, os números estão aí, se querem jogar para a torcida, nós não queremos, porque nós temos comprometimento com o Estado. Os números não mentem, temos em mãos e mostro para à sociedade quando quiser, mostramos a contribuição do agro.” Leia Mais:Jayme diz que ‘barões’ do agronegócio praticam estelionato contra MT e chama presidente da Aprosoja de ‘bronco’
Ao finalizar, o presidente da Aprosoja ressaltou que o setor foi responsável por 50% da arrecadação do Estado. “Mato Grosso foi o Estado campeão de arrecadação. Mais de 50% do ICMS recolhido pelo Estado é oriundo do setor do agronegócio, por exemplo, só do Fethab, nós pagamos direto do bruto nosso, ele chega de 3,5 a 4%, sem contar o óleo diesel”, destacou.
Contribuição do Fethab 2 – Sobre a contribuição do Fundo Estadual de Transporte e Habitação – Fethab 2, Antônio Galvan afirmou ser contrário a cobrança do Fethab 2. Segundo ele, o valor não está cumprindo a sua finalidade que seria aplicar em áreas de infraestrutura.
“O Fethab 2 não foi investido conforme a finalidade, ele teria tempo para expirar que é dezembro, a cobrança seria um auxílio, uma ajuda dentro das finanças do Governo. Eu sei que a pretensão é prorrogar, já vimos a declaração do próprio governador eleito, já sentamos, conversamos com ele na semana passada, onde deixamos claro, que nesse momento nosso posicionamento é contrário”, pontuou.
Galvan declarou ainda que Mato Grosso arrecada com o Fethab mais de R$ 1,4 bilhão entre o diesel e as commodities. O valor, segundo ele, não resolve os problemas financeiros do Estado enquanto não solucionar o custo da máquina do Governo.
“Nós queremos realmente ver se o Governo vai fazer as medidas que precisam serem para tomadas. Esse Fethab 2 não vai resolver o problema de governo, pode fazer um Fethab 3, um Fethab 4 que não vai resolver se continuar do jeito que está – a gastança- o custo da máquina do governo. Estamos contra a manutenção do Fethab 2, enquanto o governo não mostrar os cortes de gastos.”
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