O prefeito eleito de Cuiabá, deputado federal Abilio Brunini (PL) afirmou em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (08.11), que vai entregar ao secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, César Augusto de Camargo Roveri as informações que indicam suposta interferência de facção criminosa Comando Vermelho no financiamento da compra votos na disputa pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores.
Abílio também vai se reunir com a delegada-geral da Polícia Judiciária, Daniela Silveira Maidel. Segundo ele, a Segurança Pública do Estado tem instrumentos adequados para investigar os políticos envolvidos.
“Eu já passei por alguns delegados. Eu vou reforçar tudo que eu já recebi de informação. Recebi a informação, que estavam oferendo R$ 200 mil por vereador. Não quero dar nomes ainda, para não correr o risco de ser só boatos e não ser algo de fato”, declarou Abilio.
Questionado se não teme desgaste político, caso a denúncia não seja verdadeira, Abílio afirmou que não e argumentou informou os nomes dos acusados somente para a Polícia, exatamente para evitar constrangimento.
“Eu já dei os nomes, a diferença é que não estou dando os nomes para a imprensa. Estou dando nomes para investigação. Provavelmente deve correr em sigilo até que haja a comprovação dos fatos, porque são pessoas politicamente expostas. Então, isso pode correr o risco de não comprovar todas as denúncias e ter trazido prejuízo à imagem dessas pessoas”, afirmou o prefeito eleito.
Segundo Abilio, a informação que recebeu é que dois a três vereadores aceitaram o dinheiro, mas não conseguiram comprovar.
“A gente não tem certeza. (...) Eu posso dizer uma informação: tem a ver com o pessoal, que estava envolvido naquela questão da Dallas e a outra operação [Operação Ragnatela e Pubblicare]”, declarou Brunini.
Abilio destacou ainda, que ao tornar a denuncia pública, resguarda sua vida para possíveis atentados.
“Expor essa situação até me protege fisicamente de toda essa situação. Não tem risco de alguma pessoa querer fazer algo contra o Abílio, porque se o Abílio contar... não tem isso. O que eu precisava já contei. Já contei para o delegado, já contei para outra pessoa. Fiz isso de forma sigilosa em proteção das pessoas até que tenha a investigação correta”, afirmou Abílio.
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