O governador eleito, Mauro Mendes (DEM), afirmou nessa terça-feira (06.11), que avalia sim a possibilidade de taxar o agronegócio para solucionar o déficit orçamentário do Estado, em 2019. A medida é defendida pelo senador eleito, Jayme Campos (DEM) que visa cobrar do setor 30% dos produtos produzidos e vendidos no Brasil. Leia Mais Jayme diz que ‘barões’ do agronegócio praticam estelionato contra MT e chama presidente da Aprosoja de ‘bronco’
“Sim, aumentar a receita é uma possiblidade, mas não adianta nada aumentar a receita só para cobrir despesas já criadas, porque Mato Grosso vai continuar devendo hospitais, devendo as estradas”, afirmou Mauro que coordena sua própria equipe de transição.
Mendes argumentou que o Estado necessita aumentar a receita, mas também alertou sobre a necessidade de segurar a receita. Segundo ele, o Estado precisa de R$ 1.150 bilhões para cobrir o rombo da previdência.
“Existe um rombo da previdência de R$ 1.150 bilhões, e só para pagar esse rombo na previdência nós temos que arrumar esse valor, nós vamos trabalhar sim e muito para melhorar as receitas. Nós vamos ter que trabalhar muito também para segurar as despesas, porque se não vamos arrumar dinheiro novo só para tampar buraco velho”, pontuou Mendes.
Questionado sobre as dificuldades em negociar com o setor, que afirmou não suportar mais nenhuma oneração ou taxação do agronegócio, o governador eleito afirmou que quando se candidatou já tinha conhecimento das dificuldades.
“Não entrei enganado - sei que é difícil, disse durante toda a campanha que era difícil, disse que não existe salvador da pátria, não me candidatei a salvador da pátria, me candidatei a governador de Mato Grosso, tem muitas dificuldades, vou fazer o meu papel, vou falar a verdade, vou mostrar as duras realidade que tem. Agora todo mundo tem que colaborar para sair desse buraco.”
Já sobre manter ou não a contribuição Fethab 2- que incide sobre as commodities de soja, algodão e gado -, previsto para encerramento em 31 de dezembro 2018, após um acordo entre o setor produtivo e a atual administração, Mendes voltou a pedir pela manutenção da contribuição no Estado. Segundo ele, durante uma reunião com a Associação dos Produtores de Soja e Milho (APROSOJA), Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) já havia manifestado sobre a necessidade de continuar com a cobrança.
“Eu sempre me posicionei claramente favorável a renovação do Fethab 2, durante a campanha eu disse em uma reunião da APROSOJA, a AMPA que não poderia prescindir dessa receita. Nós estamos elaborando um projeto de lei, e vamos encaminhar essa minuta ao governo e pedir que encaminhe à Assembleia Legislativa. Só a atual administração tem a prerrogativa legal para encaminhar esse projeto de Lei.”
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